Crescimento da actividade empresarial da zona euro “abranda acentuadamente” em Outubro

O crescimento da actividade empresarial da zona euro «abrandou acentuadamente» em Outubro, para um mínimo de seis meses, devido às crescentes dificuldades de fornecimento enquanto os preços disparam, segundo o indicador flash PMI da consultora Markit hoje divulgado.

Num comunicado, a Markit diz que enquanto as dificuldades de abastecimento restringem o crescimento económico, tem havido «aumentos recorde de preços» à medida que as empresas tentam repercutir nos clientes «o aumento sem precedentes dos custos».

Juntamente com estes factores, a Markit realça «preocupações persistentes» sobre a COVID-19.

Neste contexto, o índice PMI (Purchasing Managers Index), composto da actividade da zona euro, situou-se em 54,3 pontos em Outubro (contra 56,2 pontos em Setembro), um mínimo de seis meses.

Por actividade, a queda foi maior no sector industrial, afectado pelos atrasos na cadeia de abastecimento, embora também tenha abrandado no dos serviços, o que, depois da recuperação do verão, reflecte mais uma vez «renovada preocupação» com os contágios, especialmente na Alemanha.

Por países, o crescimento abrandou com especial intensidade na Alemanha, ao cair para o nível mais baixo desde fevereiro, e em França, onde caiu para o valor mais baixo desde abril.

O resto da zona euro também registou a sua expansão mais lenta desde Abril, acrescenta a consultora.

«O acentuado abrandamento económico em Outubro significa que a zona euro começará o quarto trimestre do ano com a dinâmica de crescimento mais fraca desde Abril», afirma no comunicado o economista-chefe do IHS Markit Chris Williamson.

Quanto aos preços, Williamson assinala que estão a aumentar a taxas sem precedentes em mais de duas décadas e observa que, após fortes expansões no segundo e terceiro trimestres, «o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) parece ser comparativamente muito mais fraco no quarto trimestre».

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