Depois do «The Great Resignation», o «The Great Regret». Se tem uma empresa, faça estas 9 perguntas todos os meses

Nos Estados Unidos da América, há algum tempo que expressões com “great” estão na moda. Depois da recente «the Great Resignation», a imprensa começa agora a falar em «the Great Regret», «the Great Renegotiation», «the Great Reshuffle». Alguns CEOs estão a relembrar que não devemos subestimar o poder de conversas regulares com os colaboradores.

 

Com a actual escassez de talento, é fulcral apostar na retenção dos colaboradores com altos níveis de desempenho. Como fazer isso?

Claro que, aumentar o pacote de benefícios e tornar os modelos híbridos mais eficazes pode resultar, mas não devemos esquecer o mais básico. Conversar, regularmente, cara-a-cara com cada elemento da equipa sobre as suas experiências e expectativas pode ser uma poderosa ferramenta de retenção, afirma Claire Lew, CEO da tecnológica Know Your Team.

«Claro que um survey ajuda e fornece dados importantes, mas quando estamos sentados diante de uma pessoa, conseguimos capturar as nuances das razões que a mantêm na empresa. Uma conversa permite personalizar o que podemos fazer para que fique e só assim saberemos os passos a dar», acrescenta Claire Lew.

Então, que questões devem ser colocadas nessa conversa mensal? A CEO deixa 9 sugestões:

  • Nos últimos meses, quando é que se sentiu mais motivado e com maior energia no seu trabalho? (se é que sentiu)
  • Está claro para si porque é que o seu trabalho é importante para a empresa?
  • Qual das suas skills sente que não está a ser aproveitada no seu cargo actual?
  • Há alguém da equipa com quem gostaria de interagir mais?
  • Como se sente com a forma como a equipa interage socialmente?
  • Como prefere ser reconhecido pelo seu bom desempenho?
  • Há algum aspecto da empresa que gostava de entender melhor?
  • O que o tem feito sentir confuso ou frustrado ultimamente?
  • Até que ponto diria que a visão da organização é clara?

Conversas individuais não são novidade. Todos os líderes sabem que deviam conversar com as suas equipas, mas com as pressões diárias é fácil negligenciar esta peça-chave. Uma conversa é uma poderosa ferramenta de retenção. Estudos provam que não manifestar interesse nas equipas pode custar bons colaboradores à empresa. Um survey recente da Lattice, plataforma de gestão de pessoas, revela que quase 43% dos colaboradores consideram que a sua carreira abrandou ou estagnou. Para Jack Altman, CEO da Lattice, conversar com os funcionários sobre a sua progressão de carreira e como a empresa pode ajudá-los a alcançar os seus objectivos pode ter um enorme impacto na motivação para se manterem na organização. «A melhor maneira de assegurar que os colaboradores vêem o caminho é através de comunicação constante e eficaz. Encorajar os líderes a terem conversas individuais regulares com as suas equipas, para falar sobre crescimento pessoal e planos de desenvolvimento, é vital», acrescenta.

A mensagem é clara: não negligencie o básico, especialmente agora. Se quer que os seus colaboradores fiquem na empresa, tem de se sentar e conversar com eles, sem pressas e de forma transparente, pelo menos uma vez por mês.

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