É isto que quem quer mudar de carreira está a fazer

De acordo um estudo da escola de formação em tecnologia Ironhack, a maioria das pessoas que procuram um bootcamp fazem-no com o intuito de mudar de carreira.

 

De entre os mais de 100 alunos que a escola formou em Portugal em 2019, cerca de 63% ingressou no curso tendo em mente uma reconversão de carreira para a área tecnológica.

O estudo da Ironack, pretende traçar o perfil dos alunos que optam por bootcamps, averiguando qual o seu background e quais as suas motivações, com o objectivo de analisar o crescimento desta nova tipologia de ensino em Portugal.

Desde que chegou a Portugal em 2018, a Ironhack registou uma preferência pelas formações em Web Development (52%), seguidas das de UX/UI Design (29%) e de Data Analytics (19%). Os cursos leccionados em regime full-time, cuja duração é de nove semanas, são os mais procurados, com 89% dos alunos a terem escolhido esta modalidade em 2019.

Contudo, em 2020, prevê-se uma adesão na ordem dos 30% aos cursos leccionados em regime part-time, com duração de 24 semanas, mais indicados para aqueles que querem continuar a trabalhar ao mesmo tempo que estudam e preparam a sua transição profissional para o mundo tecnológico.

O estudo concluiu ainda que os alunos que frequentam bootcamps têm, em média, idades compreendidas entre os 25 e os 34, no caso de ser a tempo inteiro, e entre os 35 e os 45, no caso de ser a tempo parcial; e que 53% são mulheres e 47% são homens. Esta última estatística representa um indicador muito positivo, contrariando o tradicional gap de género no universo da tecnologia, sendo que o público feminino se direcciona sobretudo para UX/UI Design e Data Analytics, ao contrário do público masculino que pende mais para Web Development.

Actualmente, os bootcamps são cada vez mais uma opção para quem quer adquirir novas competências tecnológicas depois de terminar um curso superior ou reorientar totalmente o seu percurso profissional para áreas tão promissoras como as da programação, da configuração da interface e da experiência do utilizador ou da análise de dados, independentemente da sua formação de origem. Os dados do estudo corroboram esta tendência e demonstram que os bootcamps são procurados por pessoas de backgrounds muito distintos, desde Economia, Gestão, Contabilidade, Marketing e Comunicação a Arquitectura, Artes Plásticas, Design e Humanidades.

O estudo demonstra ainda que, em relação à nacionalidade dos alunos, depois dos portugueses, tem-se registado um aumento de estrangeiros que elegem Portugal para investir em formação em tecnologia e realizar um bootcamp, destacando-se os brasileiros, os alemães, os americanos e os ingleses, o que evidencia a atractividade do ecossistema tecnológico português a nível mundial.

As inscrições para os bootcamps part-time de Web Development e Data Analytics, que arrancam em Fevereiro, ainda estão a decorrer, podendo ser feitas aqui.

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