E os profissionais, que propósito os move?
Na 18.ª edição da Conferência Human Resources fez-se algo inédito: dar voz aos profissionais anónimos. Com a ajuda de colaboradores do grupo Vila Galé, da TAP e dos CTT, procurou perceber-se o que move estes profissionais e o que distingue as empresas que representam.
Guilherme Simões, chefe de recepção dos hotéis Vila Galé, foi o primeiro a subir a palco para dar a conhecer o seu propósito e não se poupou a elogios à empresa onde trabalha. «Vi a empresa a crescer, ajudei-a a crescer, e a empresa também me ajudou a crescer, e muito. É uma empresa que dá oportunidades às pessoas», começou por dizer.
Numa lógica de progressão de carreira, referiu que as vagas que vão surgindo são, primeiro, comunicadas internamente, no âmbito de um programa de mobilidade interna. E deu o seu próprio exemplo. O actual chefe de recepção dos hotéis Vila Galé começou por trabalhar no Vila Galé Ópera, junto ao Centro de Congressos de Lisboa e às Docas e, depois, no Vila Galé Ericeira como sub-chefe. Agora, irá abraçar uma nova oportunidade no Vila Galé Sintra, um healthy lifestyle hotel de cinco estrelas, situado em plena Várzea de Sintra.
O que o fez permanecer? «O grupo está sempre em crescimento. Todos os anos abre novas unidades, dando também oportunidade a quem está na empresa de evoluir e de crescer», fez notar, sublinhando ainda que «é uma empresa de pessoas incríveis e é feita de pessoas para pessoas». «Todos nós trabalhamos para que os nossos clientes tenham uma experiência inesquecível e, no limite, repetível nos nossos hotéis e também em Portugal.»
«A minha TAP»
Seguiu-se a intervenção de Miguel Gameiro, Turnaround coordinator do Hub da TAP em Lisboa, que afirmou que o mais motivador no seu trabalho «é o desafio diário de coordenar diferentes equipas e ver a satisfação dos passageiros».
Reconheceu também o que diz ser um investimento diário da companhia aérea na realização de cada colaborador, destacando um almoço mensal com o CEO, Antonoaldo Neves, onde o objectivo é reunir profissionais do grupo TAP, de diferentes áreas, para poderem conversar informalmente sobre os desafios e os objectivos da companhia. «Estas iniciativas só podem resultar num trabalhador que é mais satisfeito, mais focado e mais motivado em atingir objectivos», realçou.
«Na TAP somos não só uma grande empresa, como uma grande família que se apoia mutuamente nos desafios que têm vindo a surgir e que tem a perfeita consciência que o avião só levanta voo com o trabalho árduo de diferentes áreas. Temos todos de estar na mesma página, focados e atentos a tudo», frisou.
Um ponto que, logo a seguir, mereceu a concordância de Paulo Manso, técnico de manutenção de aeronaves também da companhia, que apelida de «a minha TAP». «E quando digo ‘a minha TAP’ não é pelo facto de ser contribuinte e, portanto, dono de 50% da TAP,», brincou, «mas sim porque os 28 anos que passei na empresa foram com muito gosto». Revelou ainda que a TAP permitiu-lhe alcançar «um sonho de menino»: o de ser «médico» dos aviões.
Mas o motivo pelo qual permaneceu são alguns valores da TAP que fez questão de realçar: a honestidade, clareza, transparência, relação com os trabalhadores e, por outro lado, a procura pela excelência.
Simplicidade, transparência e proximidade
A última intervenção coube a Ana Fernandes, gestora de Loja dos CTT, que constatou: «Considero-me uma embaixadora da empresa CTT, não só dentro do meu local de trabalho, mas também fora, porque identifico-me com a missão e valores da empresa» que considera ser a simplicidade, transparência e proximidade. «Trabalho para que as pessoas com quem eu lido diariamente possam ser felizes naquilo que fazem, estar motivadas, empenhadas e dedicadas, e para conseguir identificar as competências de cada uma delas e transformá-las em mais e melhor para que, no final do dia de trabalho, nós tenhamos consciência de que demos o melhor de nós, que conseguimos ser competitivos e corresponder àquilo que o mercado espera de nós», disse.
Por Ana Rita Rebelo