É por isto que mais de metade dos desempregados rejeitam ofertas de emprego

De acordo com o Guia do Mercado Laboral 2020, da Hays, o ano passado, 42% dos profissionais desempregados rejeitaram ofertas de emprego, sendo que 55% dos mesmos assumem que a oferta salarial foi o principal motivo para a recusa de um novo desafio. Conheça as restantes conclusões.

 

Os restantes motivos apontados são que a oferta não se adequava à experiencia ou área de formação do profissional (36%), as condições contratuais na eram as pretendidas (34%), o projecto não era interessante (30%), os horários não eram os pretendidos (13%), a oferta era noutra cidade/região do país (10%), a empresa tinha má reputação no mercado (8%), a oferta era para o estrangeiro (5%), outros motivos (7%).

O Guia revela ainda que 36% dos inquiridos encontravam-se desempregados há menos de três meses e apenas 19% estavam desempregados há mais de dois anos. No entanto, e de acordo com os resultados reunidos, apenas 16% dos desempregados inquiridos procuram, activamente, emprego há mais de dois anos, em contraste com os 58% de inquiridos que estão à procura de emprego há um ano, ou menos.

Da totalidade dos inquiridos, 32% tem vontade em emigrar em 2020, mas apenas 37% se encontram, de facto, disponíveis para abraçar uma oportunidade de emprego no estrangeiro. Entre os destinos de eleição fora do país, Espanha e Reino Unido apresentam uma percentagem de 46% e 36%, respectivamente, sendo os destinos mais escolhidos pelos inquiridos. Em Portugal, 58% dos profissionais têm disponibilidade para trabalhar no distrito onde vivem e 38% em todo o território nacional.

Por fim, se estes profissionais pudessem investir numa área de formação diferente da actual, verifica-se que 14% escolheria a área de Tecnologias da Informação, seguido da área de Turismo & Lazer/Restauração e de Marketing e Comunicação, ambas as áreas com 9%, refletindo assim uma clara percepção do mercado atual em conformidade com o forte crescimento destas áreas, por parte do inquirido.

Em relação, ao perfil dos desempregados, a maioria dos profissionais desempregados encontram-se na faixa etária entre os 41 e os 50 anos (61%). Em relação ao mercado de trabalho, as principais áreas de actuação dos profissionais qualificados no desemprego são de Engenharia (14%), de Comercial/Vendas (11%) e de Contabilidade e Finanças (11%).

Sandrine Veríssimo, Regional director da Hays comenta «O término dos contratos e as reestruturações nas empresas, representam 50% dos motivos do desemprego, em Portugal. Os restantes motivos prendem-se por questões relacionadas com o despedimento por parte do profissional e falência ou encerramento da entidade empregadora».

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