Economia digital: o que preocupa os líderes?

Conheça as conclusões do estudo “Redefining Boundaries: Insights from the Global C-suite Study”, do Institute for Business Value da IBM, realizado com base em mais de cinco mil entrevistas a CEO, CMO, CFO e a outros executivos de C-Level de empresas públicas e privadas, em mais de 70 países e 21 sectores.

O estudo revela que a “uberização”, isto é, o aparecimento de novos concorrentes até agora considerados improváveis, é a principal preocupação dos executivos de C-Level em todo o mundo. Para 54% dos executivos, esta nova realidade com concorrentes a surgirem de diferentes sectores é o fenómeno que mais afectará o negócio das suas empresas nos próximos três a cinco anos.

«Na realidade, a disrupção digital que vivemos conduz, por um lado, a uma enorme quebra das barreiras de entrada em praticamente todos os sectores e, por outro, a uma alteração das cadeias de valor tradicionais, o que revoluciona por completo indústrias e cria novos e inovadores modelos de negócio, em que as regras do jogo são completamente alteradas», sustentou António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal. Para antecipar e responder a esta tendência, as organizações mais competitivas e com melhor desempenho vão dar prioridade às capacidades cognitivas: mais 24% quando comparadas com as restantes empresas do sector onde operam.

O estudo recomenda que as empresas usem, por exemplo, a análise preditiva e cognitiva para ajudar a prever o que poderá acontecer e assim ganhar vantagem competitiva frente aos seus concorrentes.

A nova concorrência: os invasores digitais
Até agora, um dos principais riscos para as empresas era o aparecimento de um novo concorrente que trouxesse para o mercado um produto de melhor qualidade ou mais barato.
Hoje, a concorrência é muitas vezes invisível até que seja tarde demais. Surge agora, mais do que nunca, na forma de invasores digitais com modelos de negócio totalmente diferentes. Estas empresas, mais pequenas e mais ágeis por não gerirem infraestruturas pesadas, procuram chegar a uma parte importante da cadeia de valor, ignorando as empresas já estabelecidas e assumindo o controlo na relação com o cliente. Para se anteciparem, 48% dos executivos entrevistados admitem a necessidade de uma tomada de decisão mais descentralizada, 54% procuram inovação adicional em fontes/parcerias externas e 70% tem planos para expandir a sua rede de parceiros.

O novo imperativo: o feedback do cliente
No estudo de 2015, a maioria dos executivos prevê de facto mudar a forma como as suas organizações interagem com os clientes: 81% estão especialmente interessados em criar experiências mais digitais com os consumidores e 66% em torná-las mais individualizadas.

Os riscos da tecnologia
Pela primeira vez nas três edições do estudo C-Suite da IBM, todos os executivos inquiridos – independentemente do cargo que ocupam – identificam a tecnologia como a força externa mais importante a afectar a sua empresa. Acreditam que a cloud, as soluções de mobile, a Internet das Coisas e as tecnologias cognitivas são as áreas de valor que mais ajudarão a transformar os seus negócios. Quanto aos riscos, há dois anos a segurança de TI ocupava um lugar com pouco destaque. Agora, 68% dos entrevistados aponta essa segurança como o risco número um do negócio.

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