EDP: Partilha de conhecimento crítico para o negócio
A universidade corporativa do grupo EDP está disponível para os colaboradores da empresa desde 2009 e assume até hoje um papel fundamental no desenvolvimento de novas competências.
O projecto da Universidade EDP nasceu com a ambição de antecipar uma renovação geracional que era expectável na empresa, com a saída de cerca de 40% dos colaboradores nos 10 anos seguintes devido à aproximação da idade da reforma. Com este objectivo em mente, nos primeiros tempos da universidade corporativa do grupo EDP, tornou-se particularmente importante garantir a retenção de conhecimento na empresa, bem como integrar e capacitar os novos colaboradores.
Hoje, a universidade EDP assume um papel ainda mais transversal numa empresa em que uma grande parte do conhecimento é proveniente dos colaboradores e do seu percurso profissional. Em linha com o Plano de Negócios da EDP e com a estratégia de Pessoas e Organização, esta academia tem agora a missão de apoiar o desenvolvimento de todas as pessoas da EDP, independentemente da sua antiguidade ou funções, e promover uma cultura onde se incentiva a curiosidade e a aprendizagem. Para o grupo EDP, é crucial garantir que existe na empresa o conhecimento e as competências essenciais aos novos desafios de um mundo em constante mutação e onde a transição energética é uma realidade emergente.
O período mais intenso da pandemia serviu para fazer crescer a componente digital desta academia, que atingiu os 76% no final de 2021, vindo de uns modestos 13% em 2019. Com este crescimento do digital, foi possível à empresa chegar a mais colaboradores e evoluir nos diversos formatos de formação. Além dos programas estruturados que existiam anteriormente em modelos de formação tradicional, passaram a existir abordagens mais integradas que juntam iniciativas de sensibilização, aceleradores e formatos imersivos, aprendizagem partilhada e com recurso a coaching. Ainda antes da pandemia, o e-learning já tinha alguma relevância na universidade, mas hoje este é um modelo muito mais desenvolvido, cuja inovação vai além do formato. Existe uma evolução também no que diz respeito à natureza dos conteúdos, e que tem como finalidade proporcionar aos colaboradores uma experiência ainda mais envolvente.
A experiência acumulada de quase 15 anos permite à universidade do grupo EDP uma forte personalização do conhecimento transmitido, mas também um repensar da própria oferta. Além da formação de competências directamente relacionadas com o sector da energia, onde o conhecimento interno tem um valor incomensurável, a academia procura apostar também em temas mais abrangentes nas áreas de liderança, cultura, pessoas, negócio, digital e inovação, entre outros. Para isso, tem em curso parcerias com outras entidades que fornecem conteúdos formativos e ajudam a apoiar o desenvolvimento individual dos colaboradores do Grupo.
Mas porquê desenvolver estas competências através de uma academia própria? Para a EDP, uma das grandes vantagens está em trabalhar o conhecimento crítico do negócio por via dos colaboradores do grupo, especialistas e reconhecidos no sector, que por sua vez também usam a universidade corporativa para desenvolverem outros tipos de competências. Por outro lado, no que diz respeito às skills mais transversais, como as de liderança, existem vantagens na criação de programas de desenvolvimento construídos à medida das necessidades da empresa, não apenas pela via dos formadores internos, mas também com a ajuda de parceiros externos.
Os colaboradores têm a possibilidade de desenvolver o seu próprio caminho de aprendizagem escolhendo diferentes formatos para dar resposta às necessidades individuais de desenvolvimento. Podem optar por assistir a talks, webinares, escolher soluções on demand, visualizar elearnings, entre outros, permitindo capacitar e responsabilizar os colaboradores no seu próprio caminho de aprendizagem. A EDP University acredita que desta forma é possível fomentar a curiosidade e a vontade de aprender.
Boas práticas
Para garantirmos uma aprendizagem mais diversificada e eficaz a Universidade EDP recorre a várias metolodologias. Por exemplo, num mesmo programa pode integrar coaching, estudos de caso, conteúdos on demand, e outras experiências que chamamos aceleradores – formações de curta duração entregues ao longo de um curto espaço de tempo e com um carácter imersivo.
A Universidade EDP tem vindo também a apostar cada vez mais nas partilhas informais e na aprendizagem que ocorre além da aprendizagem convencional. Existe hoje um conjunto de comunidades globais virtuais no grupo EDP onde qualquer colaborador pode fazer uma apresentação ou partilhar um vídeo ou artigo. Algumas destas iniciativas chegam a juntar centenas de pessoas.
Para desenvolver competências específicas dos negócios existem ainda as escolas funcionais que trabalham de perto com as principais áreas de negócio do grupo – renováveis, geração, redes, comercial e gestão de energia – para um levantamento efetivo de necessidades actuais e futuras que culmina num portfólio de aprendizagem.
Na última década, os resultados da EDP University têm vindo a revelar-se muito positivos e com um grande impacto do desenvolvimento dos colaboradores. Desde a sua criação, este projecto contribuiu para o onboarding de milhares de novos colaboradores e permitiu transmitir conhecimento crítico para o negócio da empresa do sector energético. Do lado dos formadores, mais de 1.200 já dedicaram o seu tempo a partilhar conhecimento.
É intenção da EDP University manter activa a sua base de formadores internos, como elementos fundamentais, bem como procurar parcerias externas que consigam gerar ainda maior valor à oferta desta academia. Quer ainda continuar a apostar num portfólio forte relacionado com competências fundamentais e críticas para os negócios e apostar em formatos diferenciadores que que consigam ir ao encontro das necessidades individuais de cada um e que permitam que cada colaborador construa o seu próprio caminho de aprendizagem e desenvolvimento.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Academias” na edição de Março (n.º 147) da Human Resources, nas bancas.
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