EDP vai fechar central termoeléctrica de Sines mas vai promover iniciativas de apoio ao emprego na região

A EDP quer manter a sua ligação a Sines e às comunidades locais com as quais tem colaborado nas últimas décadas, mesmo após o encerramento da central termoeléctrica a partir do próximo dia 15 de Janeiro. Nesse sentido, e sob o mote ‘FAS – Futuro Ativo Sines’, iniciou duas frentes de trabalho através das quais quer desenvolver uma série de iniciativas que contribuam para uma reconversão da economia e emprego na região.

 

A primeira frente de trabalho envolve um estudo prospectivo da economia local, que está a ser feito pela Universidade de Évora em parceria com o Instituto Superior Técnico. Este trabalho de avaliação tem como objectivo avaliar e identificar as oportunidades mais dinâmicas para potenciar o desenvolvimento social e económico daquele território.

Pretende-se assim identificar como vai evoluir a economia local, como será a transição de emprego, como se deve valorizar a qualificação profissional, entre outras questões que ajudam a antecipar medidas e propostas com impacto positivo em Sines.

Uma segunda frente de trabalho envolve a criação de um Gabinete Local de Encaminhamento Social (GLES), em parceria com a Câmara Municipal de Sines e com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que pretende, numa fase inicial, dar apoio directo aos trabalhadores da Central de Sines, incluindo os seus agregados familiares, e alargar esse apoio à restante população local numa fase posterior.

Este gabinete, que irá funcionar no Sines Tecnopolo, pretende ajudar a encaminhar estas pessoas para oportunidades profissionais, de formação e outras alternativas que possam gerar postos de trabalho. E vai funcionar como uma espécie de plataforma a partir da qual se desenvolvem outras medidas incluídas neste projecto ‘Futuro Activo Sines’.

Entre essas medidas está previsto o NAU, programa de apoio ao empreendedorismo, à semelhança do que já tinha sido feito em Sines em 2011 com o programa ‘Semente’. Trata-se de uma incubadora de empresas, que também ficará alojada no Tecnopolo de Sines, e que irá selecionar, apoiar e acelerar projetos de empreendedorismo para pequenos negócios locais. Através do NAU, a EDP pretende mobilizar fundos de seed capital (capital inicial de investimento) e outras opções de investimento para dinamizar o empreendedorismo em Sines.

Em paralelo, a EDP Produção compromete-se a manter durante o próximo ano os seus programas de investimento social no território, como é o caso do ‘Partilha com Energia’ (que envolve escolas da região), do ‘Tradições’ (para apoio às artes e ofícios locais) e da doação de viaturas. O programa de Voluntariado EDP também estará disponível dentro deste projecto, podendo responder a necessidades de apoio à escolaridade, acompanhamento profissional ou de promoção da eficiência energética e combate à pobreza energética, entre outras situações que venham a ser identificadas.

Com estas iniciativas, a EDP irá assim manter a sua ligação ao território após o fecho da central de Sines, contribuindo para o seu desenvolvimento e valorização através de novos projectos.

A partir de 15 de Janeiro, a central de Sines irá iniciar uma primeira fase de descomissionamento, seguindo-se os trabalhos de desmantelamento, num processo que deverá durar cerca de cinco anos.

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