Efeitos da pandemia nas empresas estão a diminuir, mas ainda se fazem sentir

Na segunda quinzena de Junho, a percentagem de empresas em funcionamento foi 96% (mais um ponto percentual (p.p) que na quinzena anterior, salientando-se o sector do Alojamento e restauração, onde a percentagem aumentou 5 p.p., fixando-se nos 82%. A constatação surge no Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE) do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal, que tem como objectivo identificar os efeitos da pandemia na actividade das empresas.

 

Os dados divulgados esta quarta-feira, indicam que comparando os resultados ao longo do segundo trimestre, a melhoria é mais notória, com a percentagem de empresas em funcionamento a aumentar de 83% em Abril para 96% em Junho.

Face à situação que seria expectável sem pandemia, 66% das empresas reportaram um impacto negativo no volume de negócios (compara com 68% na quinzena anterior). O alojamento e restauração e os transportes e armazenagem foram os sectores com mais empresas a reportarem reduções no volume de negócios (87% e 80%, respectivamente).

O inquérito mostra também que ao longo do segundo trimestre, a percentagem de empresas respondentes com redução no volume de negócios, face à situação expectável sem pandemia, decresceu de 80% em Abril para 67% em Junho.

Comparativamente com a quinzena anterior, 37% das empresas referiram uma estabilização do volume de negócios, sendo que, entre as restantes, a percentagem que assinala aumentos foi superior à proporção que assinala reduções (34% e 28%, respectivamente).

Na segunda quinzena de Junho, 36% das empresas assinalaram uma redução do pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar face à situação que seria expectável sem pandemia (39% na quinzena anterior).

As empresas do Alojamento e restauração destacaram-se com 64% a referirem um impacto negativo no pessoal ao serviço (menos três p.p. que na quinzena anterior).

O inquérito revela ainda que comparando os resultados ao longo do segundo trimestre, observou-se também uma diminuição da percentagem de empresas que referiram um impacto negativo no pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar face à situação expectável sem pandemia (de 59% em Abril para 38% em Junho).

Em comparação com a primeira quinzena de Junho, a maioria das empresas não reportou alteração no número de pessoas ao serviço (72%). O Alojamento e restauração foi o sector que registou a maior percentagem de empresas com aumento no pessoal ao serviço face à quinzena anterior (33%), na maioria dos casos devido à redução do número de pessoas em lay-off.

Já 46% das empresas respondentes tinham pessoas em teletrabalho na segunda quinzena de Junho ( menos um p.p. face à quinzena anterior) e mais de 55% das empresas não prevêem o recurso às medidas de apoio do Governo excluindo o lay-off simplificado.

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