Empresas que paguem 1330 euros (ou mais) a jovens até 35 anos vão ter apoios do Governo

O Governo vai criar um mecanismo para apoiar as empresas que contratem trabalhadores jovens, até aos 35 anos, com vínculos não precários. Se o salário for igual ou superior a 1330 euros brutos, as entidades patronais recebem uma contrapartida, avançou o Público.

 

Ao mesmo tempo, os trabalhadores receberão uma bolsa mensal de 150 euros paga pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) durante o primeiro ano do contrato, destinada a incentivar a sua «autonomização», confirmou a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, no final da reunião de Concertação Social realizada quarta-feira em Lisboa.

Em causa está a concretização do programa “Avançar”, cujo objectivo ficou traçado no acordo de rendimentos celebrado no ano passado com as confederações patronais e com a UGT.

De acordo com a publicação, para beneficiarem do apoio, as empresas terão de celebrar contratos sem termo com jovens qualificados. O objectivo, disse Ana Mendes Godinho, é incentivar a contratação permanente, a aposta no trabalho «não precário».

O Governo espera que a nova medida entre em vigor «ainda neste primeiro semestre», ou seja, até ao fim de Junho. Os parceiros sociais ficaram de enviar contributos sobre a iniciativa até 14 de Abril e, depois, o executivo regulamentará a medida para que avance o mais depressa possível, disse Ana Mendes Godinho.

A ministra espera que este instrumento apoie 25 mil jovens qualificados com contrato permanente. Inicialmente, o Governo previa que o limiar para o acesso à medida fosse um salário bruto de 1320 euros (é esse o patamar mínimo inscrito no acordo assinado em Outubro do ano passado), mas, face à evolução dos salários e da inflação, o Governo subiu esse mínimo em dez euros.

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