Enfermeiros exigem valorização da carreira e a efectivação de 2010 profissionais com vínculo precário

Cerca de uma centena de enfermeiros concentraram-se hoje em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir a valorização da carreira e da profissão, bem como a contratação de 2010 profissionais com vínculo precário.

 

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, disse em conferência de imprensa que o protesto teve como objectivo «reafirmar a exigência de quatro questões centrais» para a classe.

Os enfermeiros pretendem «a justa contagem de pontos para efeitos de progressão», a contratação «de 2010 enfermeiros com vínculo precário», «a negociação de uma carreira única que valorize todos, resolva injustiças e permita a aposentação mais cedo para compensar o risco» e a atribuição da menção de relevante «a todos os enfermeiros na resposta à pandemia».

José Carlos Martins sublinhou que se o Ministério da Saúde não resolver estes problemas, o SEP irá realizar «uma manifestação em Lisboa para reforçar estas exigências».

Nas faixas dos manifestantes liam-se pedidos a favor da dignidade e valorização da enfermagem, bem como pela compensação do risco e penosidade.

Gritos de ordem como «Governo, escuta, os enfermeiros estão em luta» e «com os enfermeiros podem contar, mas é preciso valorizar» fizeram-se ouvir entre os testemunhos de profissionais que vieram de todo o país para partilhar o seu descontentamento.

«Os enfermeiros estão cansados e exaustos, como é reconhecido por todos», frisou o presidente do SEP, acrescentando que a classe desempenha «um papel central na resposta às pessoas» e às necessidades de saúde do país.

Em relação à pandemia, José Carlos Martins exigiu a atribuição de um relevante para todos os enfermeiros, por considerar uma medida «universal, justa e sensata que apanharia todos e não a malha apertadíssima de número de enfermeiros que são abrangidos pelos prémios e subsídios» por causa dos «critérios apertados do governo».

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