Equilíbrio entre vida profissional e pessoal: por que não podemos voltar atrás?

O grande desafio até 2019 era mostrar às empresas que seria possível outro modelo de trabalho além do tradicional. Não se conseguia fugir à mentalidade de que era preciso ver o que os colaboradores estavam a fazer para garantir que estavam a fazê-lo. No ano passado veio a pandemia e mudou tudo no mundo todo. De forma imposta, sem opção.

Por Diana Silva, consultora Funcional na Create IT

 

 

Tivemos que aprender a trabalhar de casa, virtualmente. Toda essa força que vem da inovação, flexibilidade e criatividade que não pensávamos ter, tivemos. E o que aprendemos?

Primeiro, que não somos uma família, mas sim uma equipa. E com isso aprendemos que essa separação entre família e trabalho deve ser balanceada.

Agora temos casa e trabalho no mesmo espaço, o que criou um diferente nível de complexidade e coordenação. Por isso é imperativo separar o trabalho que fazemos pela família do trabalho profissional.

Este cenário trouxe a consciência de que não só os “C-levels” são profissionalmente adultos, mas que todos dentro da organização quando conscientes do seu papel e da sua importância são igualmente responsáveis e comprometidos. Não precisam de uma supervisão tão dura.

A preocupação agora é com os resultados e não com o comportamento das pessoas no trabalho. O foco já não é verificar se as pessoas estão 8hs do seu dia sentadas na secretária para garantir que estão a trabalhar, o foco passou a ser o que as pessoas realmente fazem.

Por isso é preciso perceber o que funciona para cada empresa e equipa neste momento, independentemente do que eram as melhores práticas no passado.

 Para se alcançar bons resultados e tornar o trabalho das pessoas relevante é preciso ter claro o que o sucesso representa para a empresa.

 O ponto mais importante para fazer com que isso aconteça é a comunicação. Como se garante que a mensagem é clara e consistente, e que que alcança todos?

Há que repensar todas as formas de comunicação e torná-la melhor no atual contexto, com o envolvimento e a compreensão de todos.

 O que precisamos assegurar é que tudo aquilo que já não fazemos e que se mostrou não ser realmente necessário ou eficaz, não voltemos a fazer apenas para cumprir protocolos, depois de passadas as restrições da pandemia.

Que sejamos capazes de abraçar as mudanças e criar um futuro diferente, sempre adaptado à realidade de se gerar valor com o trabalho feito e não simplesmente garantir que as pessoas estejam nos seus postos de trabalho.

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