Esconder a “crise”? Ou retirar as melhores oportunidades?

Por Vera Norte, Co-Founder & Managing Partner do Comunicatorium

Cada vez a imprevisibilidade é maior … cada vez o risco é mais diversificado e as crises acontecem como sempre; sem avisar!  Falar de crise e de gestão de riscos é cada vez mais importante, sobretudo do ponto de vista da comunicação com os diferentes públicos / Stakeholders envolvidos.

Durante muitos anos convivi com situações de crise nas várias empresas em que trabalhei e relembro dois momentos marcantes:

– Uma primeira reação de negação; mas fizemos tudo bem. é impossível!

– Uma última sensação de alívio assim que acaba. Ninguém quer falar mais sobre o que aconteceu nem porquê, nem como foi resolvido.

Na verdade, estes são os dois momentos mais importantes na gestão da crise.

1) O momento em que assumimos que estamos numa situação de crise, que a identificamos e percebemos que a situação requer uma atenção extraordinária e uma dedicação especifica (nomeadamente em termos da forma como comunicamos com todos os Stakeholders).

Se não identificamos este momento a tempo todos os passos seguintes podem ficar comprometidos. As organizações precisam identificar as suas possíveis crises e planear a sua gestão antecipadamente através de simulações.

2) O outro momento fundamental é a forma como apreendemos a crise. Como criamos mecanismos futuros de prevenção, como assumimos e corrigimos erros e como a organização retira a aprendizagem e a traz para as suas novas práticas. Uma crise deve ser uma oportunidade de reforçar laços.

Pelo meio fica a gestão e fica sobretudo a atitude que a organização transmite ao gerir as suas crises. Atitude manifestada nas ações feitas, mas também nas palavras ditas. Na forma como comunica com os vários Stakeholders envolvidos ao longo do processo.

Aqui só há uma recomendação, cada vez mais importante num tempo de multicanais: Coerência e transparência.

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