Esta empresa conseguiu 100% de igualdade salarial

A multinacional Schneider Electric atingiu 100% de igualdade salarial para os seus 200 mil colaboradores. O anuncio foi feito pela directora global de recursos humanos da empresa, Andrea Scarano, durante o fórum promovido pela ONU Mulheres e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para discutir iniciativas de equidade de género.

 

A Schneider é signatária dos Women’s Empowerment Principles (WEPs), iniciativa da ONU Mulheres, OIT e União Europeia, que propõe metas e métodos para que essa igualdade seja atingida.

A mudança na empresa começou em 2014, quando o CEO, Jean Pascal Tricoire, se uniu ao HeForShe, movimento da ONU que incentiva homens e meninos a apoiarem a igualdade de gónero, e resolveu investir globalmente na redução das desigualdades.

«Para nós, promover ganhos iguais está no mesmo nível de ter zero emissão de carbono e emissão de resíduos tóxicos. É um valor da empresa», garante Andrea Scarano. Segundo a directora de Hecursos Hmanos, quando essa meta de igualdade salarial não é atingida, o dinheiro para preencher essa lacuna é descontado do a chefia ganha.

Nas filiais da América do Sul, a meta de igualdade de ganhos foi alcançada no ano passado. Apesar disso, a desigualdade salarial ainda é uma realidade no mundo corporativo. E na União Europeia, custa anualmente quase dois meses de trabalho às mulheres. É como se as mulheres trabalhassem de graça a partir do dia 3 de Novembro, enquanto os seus colegas homens continuam a ganhar normalmente até o último dia do ano.

Para reduzir esse desequilíbrio a Schneider criou relatórios semestrais para acompanhar as diferenças ao mesmo tempo em todas as filiais do mundo.

Pela meta, qualquer analista nível 4, por exemplo, não importa de que área e qual o género, tem que ter salário equiparado. «As únicas excepções acontecem quando há uma diferença no nível de educação, como como um empregado que fala mais línguas ou que tem pós-graduação ou MBA», explica Andrea Scarano.

Apesar de ser coordenado pela área de Recursos Humanos, o programa é de responsabilidade de cada director.

A empresa tem ainda metas relacionadas à igualdade noutras frentes. Uma delas, subir a taxa de mulheres nos 1000 cargos que fazem parte do topo da empresa. Actualmente na América do Sul, a taxa é é de 22,5% e, no Brasil, de 21%.

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