Estas 11 dimensões permitem prever o sucesso de um executivo

Encontrar a pessoa certa para o lugar certo não está apenas entre as tarefas mais críticas de um gestor, é também uma das mais difíceis. Tal torna-se especialmente evidente quando constatamos que os executivos com melhor desempenho criam um valor desproporcional para a organização que é, muitas vezes, duas a três vezes superior ao valor criado por um colaborador médio. Como tal, identificar e atrair o melhor talento constitui uma missão que exige dedicação de tempo e a utilização de ferramentas e de técnicas de avaliação robustas.

 

Por Pedro Meda e João Araújo, Partner e manager da Odgers Berndtson, respectivamente

 

Quais são então os preditores de sucesso de executivos?
As nossas pesquisas e experiência demonstram que existem quatros variáveis que permitem prever o sucesso de novos executivos. A experiência e as competências de liderança são as variáveis mais críticas, constituindo, cada uma, cerca de 40% da explicação do sucesso dos futuros executivos. Os restantes 20% estão divididos entre o fit cultural e motivação.

Actualmente, existem várias ferramentas de assessment da liderança que ajudam as organizações a avaliar as competências de liderança relacionadas com pensamento estratégico, gestão de pessoas e stakeholders ou capacidade de execução.

Porém, até ao momento não existia uma avaliação de igual forma rigorosa para analisar como é que experiência passada prepara os executivos para o futuro. Na melhor das hipóteses, presumir-se-ia que uma experiência similar no passado seria útil no futuro. Mas será isto suficiente num mundo que muda a um ritmo cada vez mais acelerado, com desafios crescentes e cada vez mais complexos?

 

Como usar a experiência passada como preditor do sucesso futuro?
Com o objectivo de decifrar que tipo de experiências são relevantes para o sucesso futuro numa nova função, a Odgers Berndtson conduziu ao longo do último ano entrevistas com diversos CEO, professores universitários, futuristas, especialistas de liderança. Com base nestas conversas e inquéritos adicionais a mais de 500 líderes empresariais, identificámos 11 dimensões de experiência que permitem determinar se um executivo tem os antecedentes e conhecimentos necessários para desempenhar com sucesso a futura função: Estas experiências focam-se no “what” (ou seja, o que é que fez), complementando avaliação de competências de liderança que responde ao “how” e é capturado por modelos de competências.

Deste modo, e apesar de concluirmos que o perfil de experiências certas varia de função para função, a nossa investigação também mostra que existem várias dimensões que são críticas para preparar um executivo para um contexto cada vez mais disruptivo, independentemente da função. Ao compreender que experiências são fundamentais e ao proceder à análise das suas diferentes dimensões durante um processo de Executive Search ou de um Programa de Desenvolvimento de Lideranças, as empresas serão capazes de identificar com maior probabilidade os executivos que podem fazer a diferença e criar valor de forma desproporcional para as suas organizações.

 

Este artigo foi publicado na edição de Março (nº.123) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

 

 

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