Estes são os profissionais mais procurados (a nível mundial) pelas empresas. E eles sabem-no (e usam isso)

O estudo “What Job Seekers Wish Employers Knew”, publicado hoje pela Boston Consulting Group (BCG) e The Network, uma aliança global de websites de recrutamento representada em Portugal pelo Alerta Emprego, revela que os profissionais mais cobiçados são os que trabalham em IT, digital, e vendas, seguidos pelos da hotelaria, transporte e logística. 

 

«Os candidatos actualmente em IT, digital e outras áreas tecnológicas são o que chamamos ‘sexy and they now it’. São frequentemente contactados com oportunidades de emprego e, por isso, acreditam que têm um forte poder negocial», revela Orsolya Kovacs-Ondrejkovic, Associate director da BCG e coautora do estudo.

«Os empregadores precisam de estar conscientes da origem dos candidatos e devem ajustar a sua técnica de negociação em conformidade. Com as superestrelas digitais, podem não ter uma segunda oportunidade, pelo que é melhor começar com uma primeira oferta forte. Com outros segmentos, os empregadores podem ter mais espaço de discussão. Mas uma coisa que parece certa é que os candidatos são cada vez menos susceptíveis a simplesmente aceitar uma oferta sem pedir mais», acrescenta.

O mesmo estudo mostra que, em Portugal e a nível global, a maioria dos candidatos tem consciência da sua atractividade para os empregadores, já que 66% e 74% dos profissionais, respectivamente, são abordados várias vezes por ano sobre novas oportunidades de emprego, e 33% e 39%, respectivamente, são abordados todos os meses.

O estudo revela ainda que 52% dos candidatos portugueses sente-se numa posição de negociação forte quando procura um emprego, um número elevado, mas que mostra menos confiança do que a média global (68%), e 63% espera que os potenciais empregadores demonstrem alguma abertura para as condições de negociação após fazerem uma oferta inicial. A nível global, apenas 14% sente que os empregadores detêm as rédeas das negociações das ofertas de emprego, um valor abaixo do sentido em Portugal (23%). A confiança é maior entre aqueles que trabalham nas áreas de finanças, negócios e vendas, e menor entre os trabalhadores manuais, trabalhadores sem fins lucrativos e voluntários.

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