Estudo releva que 83% das pessoas prefere o trabalho híbrido (mas há alguma divergência entre gerações quanto ao tempo a estar em presencial e remoto)

Enquanto as organizações um pouco por todo o mundo fazem planos para que os seus colaboradores regressem ao local de trabalho, o último estudo da Accenture indica que 83% das pessoas afirmam que um modelo de trabalho híbrido é o ideal – com a possibilidade de trabalhar remotamente de qualquer lugar entre 25% e 75% do tempo.

 

O estudo global da Accenture ‘The Future Of Work: Productive Anywhere’, que abrangeu 9.326 profissionais, indica que 40% dos indivíduos sentem que podem ser produtivos e manter o bem-estar em qualquer lugar – seja remoto ou fisicamente no local, ou uma combinação dos dois – um local de trabalho híbrido.

«Adicionalmente, 85% das pessoas que afirmam que podem manter a produtividade e o bem-estar em qualquer lugar também afirmam que planeiam permanecer na mesma empresa durante muito tempo», refere a Accenture. «No entanto, encontrar um modelo híbrido que funcione para todas as gerações pode ser um desafio: três em cada quatro membros da Geração Z (74%) querem mais oportunidades para colaborar com os colegas presencialmente, uma percentagem maior do que os da Geração X (66%) e os Baby Boomers (68%).»

O relatório da Accenture indica que «o que separa os profissionais que são produtivos em qualquer lugar (40%) daqueles que se sentem desconectados e frustrados (8%), não é o stresse, mas o facto de terem os recursos certos, a nível individual e organizacional, para os ajudar a serem mais produtivos em qualquer lugar».

«Esses recursos vão desde a autonomia no trabalho, saúde mental, uma liderança próxima, a uma organização digitalmente madura», refere a consultora, «além do mais, as organizações que permitem que uma força de trabalho resiliente seja mais produtiva e equilibrada em qualquer lugar, estão também a arrecadar benefícios financeiros: 63% das empresas com altos índices de crescimento e aumento de receita, já possibilitam modelos de força de trabalho de ‘produtividade em qualquer lugar’, sendo que os colaboradores têm a opção de trabalhar remotamente ou no escritório.»

Enquanto a grande maioria (69%) das empresas com crescimento negativo ou sem crescimento ainda está focada no local onde as pessoas vão estar fisicamente, preferindo ter todos nas instalações da empresa, ou remotamente, em vez de promoverem o modelo híbrido.

Nesta fase, em que os líderes das organizações consideram as várias opções disponíveis para a sua força de trabalho, devem ir além do foco na localização física, para criar um modelo de trabalho de futuro que proporcione aos colaboradores os recursos de que precisam para serem mais produtivos em qualquer lugar, a Accenture recomenda que as organizações considerem as seguintes acções:

Potenciar um novo modelo de gestão de RH – O mundo à nossa volta mudou e as políticas e práticas de RH devem evoluir. Desenvolver uma estratégia que garanta que a transição dos colaboradores para novos espaços de trabalho, equipas e funções, decorra em Net Better Off – dimensões que devem ser desbloqueadas para que os colaboradores atinjam o seu potencial máximo – neste caso, dimensões relacional, física, emocional e mental.

Projectar o trabalho à volta das pessoas – as organizações devem reconhecer e responder às necessidades de todos os tipos de profissionais. As organizações que apoiam a segurança psicológica e física aumentam a confiança que os seus colaboradores têm em si.

Criar fluência digital – As organizações com fluência digital têm maior crescimento de receita e são, com maior probabilidade, consideradas óptimas empresas para trabalhar. Concentrar-se na projecção competências e percursos de aprendizagem personalizados e adequados às necessidades de todos os segmentos da força de trabalho.

Colocar as pessoas em primeiro lugar – Líderes responsáveis criam ambientes de trabalho mais equilibrados onde todos trabalham em conjunto, independentemente de onde estejam.

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