Estudo revela que 67% dos profissionais trabalha mais horas no regime de teletrabalho do que no regime presencial. E o que dizem as chefias?

Perante a pandemia do COVID-19, o teletrabalho surge claramente como uma das melhores alternativas para evitar contactos sociais desnecessários. No entanto, a maioria das empresas e dos seus trabalhadores tiveram de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, enfrentando muitos desafios relacionados com infraestruturas, equipamentos ou a capacitação da força de trabalho. O projecto Work@Home tem como principal objectivo conhecer as percepções de trabalhadores e chefias, cujas empresas foram repentinamente desafiadas a enfrentar o teletrabalho.

 

O estudo revelou que 23% dos inquiridos estiveram com pelo menos uma criança em casa durante o confinamento, pelo que utilizam estratégias que parecem ajudar na conciliação, como ter um espaço de trabalho próprio em casa. 67% do inquiridos referiu que trabalha mais horas no regime de teletrabalho por comparação ao regime presencial.

No que diz respeito às chefias, verificou-se que estas valorizam, sobretudo, a comunicação, a flexibilidade horária, a autonomia no trabalho e o acompanhamento mais diário dos colaboradores. Por seu turno, os colaboradores reconhecem também que estas estratégias facilitam a sua adaptação ao teletrabalho.

De uma forma geral, os colaboradores percepcionam que as chefias se importam com as pessoas que estão na sua equipa (e questionam e procuram resolver os obstáculos dos trabalhadores) e lhe atribuem autonomia para realizar o seu trabalho.

Questionadas sobre que estratégias gostariam de reforçar, as chefias referem a necessidade de aumentar ainda mais o acompanhamento dos colaboradores e conseguir proporcionar-lhes momentos de convívio informais que reforcem o seu bem-estar;

Estas estratégias poderão ser relevantes de colocar em prática, sobretudo no sentido de diminuir o sentimento de isolamento que os colaboradores parecem estar a sentir e que, com a continuidade de trabalho neste regime, poderá tender a aumentar.

O projecto Work@Home teve uma mostra global de 2757 trabalhadores (831 dos quais chefias) que à data de resposta ao questionário se encontravam maioritariamente em regime de teletrabalho (69%) ou em regime misto (23%).

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