Há falta de engenheiros na administração pública

A 3.ª edição do “Barómetro da Engenharia”, desenvolvido pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) junto de 150 profissionais das áreas de Civil, Electrotécnica e Mecânica, conclui que esta situação tem impacto negativo no País.

Para 79 por cento dos inquiridos, o baixo número de quadros técnicos da Engenharia em cargos de decisão política e governativa tem tido efeitos negativos no desenvolvimento do País, sendo que apenas 15 por cento considera o contrário. «Muitas das grandes decisões com impacto directo no desenvolvimento do país têm sido meramente políticas, sem conteúdo técnico», alerta Fernando de Almeida Santos, presidente da Ordem dos Engenheiros-Região Norte.

Quando questionados sobre os efeitos que a falta de capacidade técnica em órgãos de decisão pública pode ter ao nível do ambiente e infraestruturas os engenheiros também respondem em unanimidade: 97 por cento aponta para consequências negativas.

Para a maioria, a carência de engenheiros é evidente ao nível da administração pública, nos últimos 10 anos, sendo que apenas oito por cento considerou o número de quadros técnicos suficiente. Para os restantes, o número tem sido razoável (46%) ou insuficiente (46%).