Franchising resiste mesmo em ano de contra ciclo económico

Instituto de Informação em Franchising (IIF), a única entidade que analisa a evolução do franchising em Portugal, acaba de lançar os resultados da 17ª edição do Censo do Franchising.

De acordo com o estudo, no qual foram abrangidos os dados referentes a 2011, o número de marcas franchisadas aumentou no ano passado, atingindo um total de 578, mais 1,4% que no ano anterior. O volume de negócios gerado pelas empresas de franchising a operar em Portugal foi de 5.297 milhões de euros.

Contudo, a tendência de evolução que se tinha vindo a fazer sentir, nos últimos anos, ao nível dos principais indicadores económicos registou, em 2011, uma estabilização. A contracção do consumo, no mercado nacional, também teve um impacto neste sector, principalmente no 2º semestre de 2011, que se traduziu numa redução do número de unidades totais em funcionamento, que perfazem um total de 11.760 e, consequentemente, o emprego neste sector contraiu-se em cerca de 4%. As dificuldades acrescidas de financiamento, a falta de confiança dos mercados e a passagem ao “estatuto” de país intervencionado, pelas instâncias internacionais, acabou inevitavelmente por afectar também o sector do franchising, que, pelas vantagens deste sistema de negócio, tem resistido com maior dinamismo ao ambiente de contracção dos últimos anos.

Em 2011, surgiram no mercado 73 novas marcas, mantendo-se a mesma dinâmica registada nos anos anteriores, em que o balanço final entre encerramentos e aberturas continua positivo.

Andreia Jotta, directora do IIF, comenta: “Mesmo num ano de crise, e apesar da moderação que o cenário económico impõe, continuam a existir empresários que aproveitam as oportunidades do enquadramento económico actual para investirem em novos negócios. O franchising está actualmente presente em mais de 70 sectores de actividade e acaba por ser transversal a todo o tecido empresarial”.