Fumadores ganham menos do que não-fumadores

cigarroeditFumar tem implicações nos salários? Um estudo de duas investigadoras norte-americanas conclui que sim.

O tabaco tem implicações nos salários auferidos? O estudo “Even One Is Too Much: The Economic Consequences of Being a Smoker”, promovido pela Reserva Federal da cidade norte-americana de Atlanta, conclui que sim.

Duas investigadoras norte-americanas, Julie Hotchkiss e Melinda Pitts, concluiram que as diferenças salariais entre fumadores e não-fumadores, já comprovadas por estudos anteriores, não são decorrentes de diferenças de produtividade. O fosso salarial entre fumadores e não-fumadores encontra a sua razão de ser em 60% dos casos nas diferenças verificadas nos níveis de escolaridade, sendo que, tendencialmente, os fumadores são menos instruídos do que os não-fumadores.

Não há diferenças entre quem fuma diariamente e quem fuma de forma mais esporádica, segundo as autoras, «sugerindo de novo que o que importa no mercado de trabalho é apenas o facto de se ser fumador e não a intensidade» com que se fuma.

Outra conclusão importante é relativa ao peso do escrutínio da entidade empregadora àqueles que fumam durante o horário de trabalho. «O facto de o fosso salarial não aumentar com a intensidade com que se fuma sugere que a penalização salarial diz mais respeito ao preconceito no local de trabalho face aos fumadores do que relativamente a uma produtividade mais baixa entre fumadores».

Mais: os ex-fumadores têm qualidades mais valorizadas no mercado de trabalho do que os fumadores ou os que nunca fumaram na vida, «fazendo com que a penalização dos fumadores aumente».

Ler Mais