Já não precisa de se deslocar de casa para o trabalho? É bom, mas criar um «trajecto falso» pode ser útil

Um das melhores coisas de trabalhar em casa é não ir para o trabalho. Não ter de andar de transportes ou conduzir num trânsito caótico. Ninguém sente falta disso, mas e quanto aos aspectos mais agradáveis ​​das viagens de ida e volta ao trabalho? Para muitos ciclistas, corredores e para pessoas que gostam de caminhar, o trajecto diário é uma oportunidade de fazer exercícios e relaxar antes ou depois do dia de trabalho.

 

O site Stylist destaca que, para algumas pessoas, depois de meses a trabalhar em casa, criaram-se novos hábitos e é difícil ter motivação para se levantarem, tomarem banho, prepararem o pequeno-almoço e vestirem-se, o que leva a que a linha entre as horas de trabalho e de lazer seja cada vez mais ténue.

Para combater isso, há quem opte por fazer um «trajecto falso» para criar uma divisão mais clara. Defensores da prática sugerem que faz maravilhas à saúde mental, e é algo que Paula McLeod, fundadora de uma empresa de coaching de executivos, tem sugerido aos seus clientes.

Alguns optam por dar um passeio matinal para tomar um café, enquanto outros comprometem-se com uma sessão regular de ioga ou até mesmo viagem de carro curta.

É o caso da jovem britânica, Hannah Coorg, de 28 anos que está em teletrabalho desde de Março e que começou a fazer o que chama de «viagem falsa», revela-se no Stylist.

Assim que o confinamento começou, Hannah, que divide o apartamento com uma amiga, viu-se a morar e trabalhar num pequeno espaço.

Antes de COVID-19, a britânica gostava da sua rotina matinal, de se levantar, tomar banho, vestir-se e sair para o trabalho. Mas, após algum tempo em teletrabalho, sentiu-se preguiçosa e foi aí que surgiu a ideia de fazer uma viagem falsa.

«É aquela sensação de mudança de cenário. Sei que as pessoas simplesmente saem para fazer caminhadas de manhã, mas no meu caso preparo-me como se fosse para o trabalho. Isso põe-me um estado de espírito diferente. Faço tudo que normalmente faço no trajecto para o trabalho, oiço música e uso esse tempo para entrar  no meu próprio ritmo». 

Como muitos outros que agora são veteranos em «viagens falsas», Hannah sente falta da conversa com os colegas de manhã, mas seu trajecto é uma forma de ajudar a que o seu dia seja melhor e claramente está a funcionar. «O que descobri é que a sensação de que tenho que sair pela manhã tem sido muito útil mentalmente para mim».

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