Jovem português recebe prémio em competição mundial de Invenção Infantil

André da Silva Freire foi premiado no Concurso Internacional de Invenção Infantil IDEASforEARS, uma competição mundial organizada pela MED-EL, organização de soluções de implantes auditivos, que pretende aumentar a consciencialização sobre a perda auditiva e, ao mesmo tempo, incentivar crianças entre os seis e os 12 anos a criar invenções que melhorem a vida de pessoas com problemas auditivos.

 

Entre as 253 soluções criativas apresentadas a concurso para ajudar pessoas com perda auditiva infantil, vindas de 24 países, foram apurados 14 vencedores, incluindo o jovem português de 11 anos de idade. O prémio incluiu uma viagem à sede da MED-EL em Innsbruck, Áustria, onde o André da Silva Freire teve a oportunidade de conhecer os inventores e engenheiros da empresa e de interagir com mentes criativas de vários países – de Itália à Indonésia, da Argentina à Austrália – promovendo uma troca global de ideias e inovação. Esta viagem também representa ainda uma oportunidade para as famílias de todo o mundo partilharem as suas histórias e experiências no âmbito da perda auditiva infantil.

Em Innsbruck, André da Silva Freire apresentou a sua ideia inovadora: um sistema de localização por georreferenciação do dispositivo de processador de áudio do implante coclear, com base num mapa disponível no smartwatch. O jovem, com 11 anos de idade e também ele portador de um implante coclear, decidiu concorrer depois de ter perdido duas vezes o seu processador de áudio e não querer repetir a má experiência. Considerado um exemplo notável da combinação de criatividade e praticidade, o projecto submetido a concurso – além da sua natureza inventiva – significa um impacto positivo na vida de todos os que necessitam de recorrer a implantes cocleares para poderem ouvir e terem uma rotina com normalidade.

Aos 10 anos, o André sofreu uma surdez repentina, causada por uma otite que provocou a surdez total do ouvido direito. Meses mais tarde, no verão de 2023, foi implantado no Hospital D.ª Estefânia (Lisboa), onde também colocou o processador auditivo. O jovem frequenta atualmente o 6.º ano de escolaridade e vive o seu dia a dia sem qualquer limitação, graças ao aparelho que lhe permite ouvir o que o rodeia.