Madeira reserva 130 milhões de euros do próximo quadro comunitário para inovação digital

A Madeira reservou 130 milhões de euros para investir na inovação digital no âmbito do quadro comunitário de apoio 2021-2027, indicou hoje o secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, realçando que se trata de 17% da dotação total.

 

«[A inovação digital] é um dos eixos prioritários do quadro de macroprogramação do próximo quadro comunitário de apoio, é logo o eixo 1, a ‘Madeira mais inovadora’, e reservámos um pacote de 130 milhões de euros para financiamento destas medidas», adiantou o governante.

Rogério Gouveia falava à margem da abertura da conferência ‘Financial Instruments for Inovation – Théo Madeira Regional Experience’, no Funchal, que junta regiões e países como Espanha, Itália, Eslovénia, Grécia, Polónia, Lituânia, Bélgica e Portugal.

O secretário regional das Finanças do Governo insular de coligação PSD/CDS-PP explicou que o objectivo é apoiar as empresas tecnológicas já existentes na região, «mas também poder acarinhar todas as ideias que possam surgir no ecossistema inovador das startups da Madeira».

«A ideia não é só apenas alavancar as empresas que hoje já temos no mercado e que representam uma fatia considerável do PIB da região. Estima-se que as empresas tecnológicas atualmente sediadas na região tenham volumes concentrados entre os 250 e os 300 milhões de euros», frisou.

Rogério Gouveia adiantou também que está em negociação a criação de um protocolo com o Banco de Fomento adequado às características do tecido empresarial da Madeira.

O titular da pasta das Finanças apontou que 96% das empresas madeirenses são «nano ou micro empresas e, portanto, as ferramentas do Banco de Fomento são pensadas para as economias de âmbito nacional e para as características de empresas de âmbito nacional».

Questionado se a região vai participar no capital do Banco de Fomento, Rogério Gouveia respondeu negativamente.

«Nós vamos fazê-lo através de um protocolo e assim direcionamos nossos recursos financeiros para chegar as empresas», justificou.

Ler Mais