Mais de 20% das empresas prevê ter um maior número colaboradores em 2021

A maioria (64%) dos empresários inquiridos pelo Barómetro Kaizen afirma que planeia manter ou aumentar o número de colaboradores em 2021: 40% estimam manter a actual força de trabalho durante o próximo ano e 24%, que esta seja superior. 

 

O Barómetro revela ainda que 36% dos inquiridos acreditam que a força do trabalho será menor do que em Junho de 2020.

Numa escala de 0 a 20, o grau de confiança dos gestores na economia nacional subiu em Abril,de 8,4 para 10,4, mantendo-se, contudo, bastante abaixo do registado no inquérito realizado em Fevereiro (12,1 valores).

Cerca de metade dos participantes (46%) consideram que será possível à sua empresa retomar o nível de actividade pré COVID-19 até ao final do próximo ano. Já 24% dos inquiridos responderam que só vão conseguir atingir essa meta entre 2022 e 2023 e 20% conseguirão fazê-lo ainda durante este ano.

Neste contexto, 43% dos inquiridos revelam ter registado, no mês de Maio, uma facturação entre 5 e 25% abaixo do orçamentado. Em 23% das empresas analisadas, a facturação situou-se entre 25% e 50% abaixo do previsto. Os resultados corresponderam às previsões de apenas 15% dos inquiridos, sendo que em 12% das empresas a facturação ficou abaixo do orçamentado em mais de 50%.

Assim, apenas 17% afirmaram não ter reduzido custos, 35% reduziram custos em menos de 10% e outros 35%, entre 10 e 30%.

Ainda assim, 43% mantêm os investimentos que tinham previstos para os próximos 12 meses. Por outro lado, 33% dos inquiridos vão deixar estes planos em stand by e 22% avançarão em 2021.

O Barómetro indica ainda que a maioria dos empresários (49%) identificou a necessidade de rever a estratégia da organização para os próximos três a cinco anos, e 30% estão a equacionar essa possibilidade.

Os gestores consideraram ainda prioritários o aumento da receita por via do crescimento orgânico (65%) e a redução de custos por via do aumento da produtividade e da eficiência (64%).

Questionados sobre as medidas previstas para melhorar a motivação e cooperação dos colaboradores, 71% consideraram como mais relevante a aposta na melhoria contínua e na transformação cultural.

O Barómetro Kaizen concluiu ainda que 88% dos gestores consideram que as viagens profissionais serão reduzidas em detrimento de reuniões online.

A edição de Junho do Barómetro Kaizen inquiriu perto de 230 gestores de empresas que representam, no seu conjunto, mais de 35% do PIB de Portugal. Este é um Barómetro de continuidade ao Barómetro Especial Covid-19 de Abril, uma vez que continua a aferir a realidade empresarial neste contexto extraordinário.

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