Mais de metade das PME acreditam que vão crescer nos próximos três anos. Mas identificam as adversidades que terão de ultrapassar

As perspectivas de crescimento dos gestores são bastante animadoras para os próximos três anos, com 51,1% das pequenas e médias empresas (PME) a perspectivarem um crescimento entre 10% a 30% e quase 9% preverem chegar aos 40% a 50%.

 

Estes são alguns dos principais resultados da segunda edição do Barómetro Heróis PME, lançado pela Yunit Consulting, consultora nacional especializada em investimento e capitalização das empresas, que visou a participação de mais de 200 PME portuguesas.

No entanto, importa referir que mais de 75% das PME portuguesas apontam o aumento dos custos como a principal adversidade à actividade da sua empresa, seguida da falta de apoio governamental (39,7%), da dificuldade em reter os colaboradores-chave (38,4%) e da gestão da tesouraria (34,2%).

Por isso, não é de estranhar que quase dois terços (63,3%) considerem que as políticas governamentais de apoio às PME são fundamentais para potenciar o crescimento e o sucesso da sua actividade no próximo ano e que 93,7% afirmem que o estabelecimento de parcerias de negócio, inclusivamente entre PME, seja importante para a resiliência e competitividade.

Por outro lado, de salientar também a necessidade de continuar a apostar em ferramentas de apoio à gestão customizadas aos objectivos e à estratégia de negócio, uma vez que apenas 39,2% das PME afirma já possuir implementadas soluções deste tipo, apesar de serem críticas para o desenvolvimento do negócio.

No que diz respeito à transformação digital, mais de metade das PME inquiridas consideram que a adopção de uma estratégia de transformação digital tem impacto directo na vantagem competitiva da empresa e 37,6% afirma que já tem a digitalização bastante presente na sua cadeia de valor.

Fruto das transformações trazidas pela pandemia e pelo conflito Rússia/ Ucrânia, a necessidade de reavaliação do risco alterou-se para a maioria das PME portuguesas (60,8%). Para 85,2% das PME, a avaliação e gestão do risco da sua empresa é algo importante, à semelhança do plano de continuidade de negócio (ou de contingência), tendo em conta os acontecimentos dos últimos anos.

Mais de 62% das empresas respondentes apontam a organização e melhoria de procedimentos actuais como um dos aspectos com mais margem de melhoria do seu desempenho e 88% indicam que os serviços de consultoria especializados podem contribuir para o aumento da sua performance ou para o aproveitamento de novas oportunidades de negócio.

A segunda edição do Barómetro Heróis PME, que teve como objectivo aferir o sentimento das pequenas e médias empresas portuguesas, o seu grau de confiança e perspectivas para o futuro próximo e identificar os eixos que sustentam a sua resiliência, inquiriu 237 empresas, de norte a sul do país e ilhas, dos mais variados sectores de actividade.

Ler Mais