Mais de metade dos gestores portugueses considera este o maior risco para as empresas (apesar de não o entender)

De acordo com o estudo «Separados por uma linguagem comum: podem os executivos de C-level decifrar e agir perante a ameaça real dos ciberataques» da Kaspersky, 52% dos gestores portugueses inquiridos considera que os ciberataques são o maior risco enfrentado pelas suas empresas, à frente dos factores económicos (33%).

 

Porém, 47% dos responsáveis considera que a linguagem utilizada em cibersegurança é o maior obstáculo à compreensão das questões de segurança por parte da sua equipa de gestão.

Entre os inquiridos portugueses, 30% dos executivos de C-level portugueses não compreendem o termo “ataques de phishing”, 34% consideram a palavra “malware” confusa, 29% não percebem a expressão “ataques à cadeia de abastecimento” e 28% dizem o mesmo em relação a “ataques de ransomware”. Resultados preocupantes, tendo em conta que os ataques de ransomware duplicaram em 2022 em todo o mundo, tendo os especialistas da Kaspersky avisado, no início deste ano, que esta tendência ascendente continuaria em 2023.

Apesar de a totalidade dos inquiridos estar consciente da frequência com que as suas empresas são atacadas por agentes de ameaças, apenas 44% dos executivos afirmaram que a cibersegurança está sempre na agenda das suas reuniões, em comparação com os 51% que admitiram que este tema só faz parte da agenda “às vezes”.

Por dimensão da organização, 55% das empresas com entre 1000 e 1999 colaboradores em Portugal afirmam que a cibersegurança é sempre um tema nas suas reuniões, em comparação com 41% das organizações com entre 2000 e 2999 trabalhadores e os 25% das empresas com mais de cinco mil colaboradores. Ou seja, quanto maior é a empresa, menor é a presença da cibersegurança na agenda das reuniões executivas.

Questionados sobre que medidas de cibersegurança são mais importantes para a sua organização, 43% dos inquiridos portugueses indicou a segurança da cadeia de abastecimento, 42% a segurança dos dados gerados pela empresa e 38% as ameaças internas, perda de dados e níveis de acesso aos dados.

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