Manter os colaboradores focados, envolvidos e produtivos em teletrabalho é possível, mas obriga a uma liderança diferente

A pandemia influenciou a vida de todos, da forma como trabalhamos à gestão da nossa vida pessoal. De repente, o escritório, para muitos, passou a ser em casa e a linha entre a vida pessoal e profissional ficou mais ténue. Subitamente, tivemos de ajustar a nossa forma de trabalhar, e de nos relacionarmos com colegas, de gerir emoções e de nos adaptarmos a uma nova situação pela qual nunca tínhamos passado.

 

Por José Oliveira, CEO da BI4ALL

 

Cada organização sentiu o impacto da incerteza e do desconhecido de forma diferente, até porque os desafios que as empresas enfrentam variam conforme os sectores de actividade, e têm exigido tomadas de decisão importantes e ágeis, de forma assegurar a competitividade do negócio e, claro, os postos de trabalho.

Se, antes da pandemia, as empresas apostavam preferencialmente em modelos de trabalho presenciais, o novo modelo laboral, que a pandemia da COVID-19 impôs, veio demonstrar que é possível e viável manter as pessoas produtivas, autónomas e motivadas, mantendo a produtividade e a eficiência, mesmo em trabalho remoto. No entanto, neste registo, é, aparentemente, mais difícil manter o sentido de pertença, a união entre equipas, a criatividade e o desenvolvimento de acções de team building.

As previsões demonstram que esta nova realidade de teletrabalho possa vir a aumentar dentro de um ano, o que aporta outros desafios para as empresas ao nível de manter as equipas integradas e motivadas na organização.

Durante estes meses, foi notório o quão importante é para as empresas terem os seus princípios e valores bem definidos, estratégias bem alinhadas e processos eficientes, pois só assim é possível dar resposta a situações inesperadas que trazem insegurança, medos e incertezas às equipas.

A gestão das pessoas à distância representa um desafio acrescido em contexto de teletrabalho, uma vez que a comunicação ganha uma maior relevância, obrigando a uma liderança diferente. É necessário que exista proximidade, confiança e disponibilidade para ajudar, mas mostrando ao mesmo tempo que existem estratégias bem definidas e um acompanhamento constante dos objectivos individuais e colectivos. É essencial manter algumas rotinas do contexto presencial, e organizar atividades remotas de team building.

Na BI4ALL, temos estimulado algumas destas actividades à distância, como a meditação e o desporto, que as nossas pessoas têm adorado e encarado como uma mais valia, vindo da parte das mesmas a ideia de manter quando voltarmos à normalidade. Estas sessões são desenvolvidas internamente e guiadas por colaboradores da BI4ALL, que têm know-how e experiência nas temáticas, o que potencia ainda mais o sentimento de união entre as nossas pessoas.

Face à pandemia, substituímos o nosso tradicional evento físico anual de team building por uma acção digital, mantendo a envolvência de todos os colaboradores. A BI4ALL Connection Week foi um evento digital que teve como principal objectivo criar momentos de partilha, onde foram debatidas oportunidades e ameaças do contexto actual, partilhadas informações sobre a organização, dos objectivos e resultados das várias áreas e departamentos e promovidos momentos de diálogo sobre as nossas principais preocupações e discutidas novas ideias que podem fazer parte do nosso futuro.

Atendendo à génese familiar da cultura da BI4ALL, apesar do contexto que vivemos, tem sido possível continuar a dinamizar iniciativas que promovam o convívio, a felicidade e o foco nas pessoas. Todas as equipas têm contribuído com ideias novas para manter a proximidade e a comunicação, factores fundamentais para que as pessoas se sintam motivadas e alinhadas com o que é a cultura da empresa. Acima de tudo, queremos as pessoas felizes, focadas e confiantes no futuro, até porque a nossa empresa assenta numa cultura forte, orientada por valores de entreajuda, respeito e confiança, onde todos são importantes.

É difícil prever qual será o novo normal, mas é certo que estes tempos vão marcar a forma como trabalhamos e nos relacionamos, ou seja, obrigatoriamente as empresas terão de se ajustar e criar estratégias que envolvam as pessoas na cultura da organização. Esta experiência dará a todos uma maior capacidade de enfrentar a mudança e de reagir a contextos adversos, sendo que o foco deverá manter-se sempre nas pessoas, nas suas necessidades e preocupações.

Equipas mais felizes são mais produtivas, eficientes e comprometidas com o sucesso da organização.

 

 

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