Marta Leite de Castro, N360: «Há muito talento nas PME em Portugal»

Dar a conhecer o que de mais inovador, solidário, resiliente e genuíno feito pelas PME portuguesas é o objectivo de Marta Leite de Castro, que acredita que são as pessoas, no seu todo, que constituem o foco das preocupações dos CEO destas empresas.

 

Por Tânia Reis

 

Todas as semanas, o programa PM+ dá a conhecer PME portuguesas de sucesso. Prestes a entrar na quarta temporada, a Human Resources Portugal conversou com a sua apresentadora, Marta Leite de Castro, que tem muitas business stories para contar, «histórias inspiradoras e de grande orgulho nacional».

 

A PM+ surgiu na plataforma Sapo há um ano. Quais os principais objectivos deste projecto?
O intuito deste programa é destacar, em cada episódio, o que de melhor, mais inovador, mais solidário, mais “resiliente” e mais genuíno é feito por PME [pequenas e médias empresas] de sucesso, inspirando todos os que assistem. Gravado em estúdio com o CEO de cada uma das PME convidadas, compreende uma conversa a dois curta, de cerca 12 minutos, e é ilustrada com imagens do site da empresa, uma aposta nossa, pois entendemos serem estes o BI digitais das empresas. Para além do core business da empresa e respectivo contexto, é sempre destacada a transformação tecnológica e digital, a inovação, a sustentabilidade e, claro, as pessoas que nela colaboram.

Queremos mostrar o percurso das PME portuguesas com os olhos postos no futuro! A novidade mais recente é que estamos oficialmente em televisão, no Canal Meo. Foi um grande passo, que torna este projecto, de empresas portuguesas, pensado para o digital e TV ao mesmo tempo, verdadeiramente pioneiro.

 

Porquê o foco nas PME portuguesas?
Depois de ter estado sete anos a produzir conteúdo e a apresentar o “Network Negócios” na RTP Internacional, com entrevistas a 500 empresas de todas as dimensões – pequenas, médias, grandes empresas e startups -, percebi duas coisas. Por um lado, não havia uma resposta digital para as empresas comunicarem, contarem as suas histórias, falarem do core business, das pessoas, dos seus produtos, e por outro lado, não havia um palco para as PME mostrarem o seu percurso. Foi assim que surgiu o PM+, de uma vontade imensa e de um carinho enorme por tantas histórias inspiradoras e de grande orgulho nacional.

 

Estão prestes a entrar na quarta temporada. Que histórias contou na anterior?
Tivemos PME de várias áreas e geografias. Contámos a da Quinta do Crasto com o seu CEO, Tomás Roquete, que falou do legado familiar e dos vinhos e azeites. A Unlock Boutique Hotels, que foi pensada com o objectivo de criar uma rede criteriosa de hotéis boutique. A Blanky, que desenhou os cobertores pesados, fruto de uma solução natural e clinicamente comprovada na redução do stress e na melhoria da qualidade do sono. Entre outras, como a da Partneers, serviços de aconselhamento e software à medida do negócio dos clientes; a da Nexusgen que oferece soluções para a transição digital; ou a da plataforma tecnológica de Pagamentos, a Thinkland.

Contudo, para mim, o mais interessante é o que vai além da história e da área de negócio: o presente da PME, o que está a ser feito a nível da transformação digital, da sustentabilidade, das pessoas e da inovação.

 

Algumas histórias a marcaram especialmente?
Há sempre um detalhe de cada que vou registando. Das últimas entrevistas, recordo a coragem da Inês Vaz Pinto e do Nuno Vasconcelos e Sá ao comprarem a falida empresa de toalhas Torres Novas e terem feito uma abordagem digital da marca nas redes muito boa, resgatando o legado de uma marca antiga e forte. De a Rita Serrabulho, da Amp Associates, ter criado a empresa na crise de 2015 e ter recordado que nesse contraciclo também há oportunidades. Do Kuantokusta, uma história de grande união de três irmãos, que criaram um comparador de preços online e hoje são também um marketplace de grande confiança dos consumidores. Da Beltrão Coelho, que vem da venda de papel fotográfico e hoje tem nos seus produtos robôs e um projecto da Sala de Aula do futuro que, a meu ver, é fascinante.

 

O que têm em comum as PME que entrevistou até agora?
Todas elas partilham o acreditar, o valorizar as pessoas que nelas trabalham, a resiliência, a força e a vontade de fazer acontecer.

 

Como procedem à selecção destas pequenas e médias empresas? Quais os critérios avaliados?
A escolha das empresas tem sempre em conta alguns indicadores. Logo à partida estão a representação geográfica e relevância para o tecido empresarial da sua região. A avaliação da sua capacidade de inovação e o nível de transformação digital também são critérios relevantes. E, por fim, as medidas de sustentabilidade adoptadas e a capacidade de criar postos de trabalho são também tidas em consideração.

 

Das mais de três dezenas de empresas que entrevistou, quais considera serem os temas que actualmente mais as preocupam?
A fidelização do talento. As pessoas no seu todo constituem o foco das preocupações. Como mantê-las felizes? Como ajudar a ter bom ambiente de trabalho? Como lidar com os desafios dos recursos humanos? Destaco também a sustentabilidade como um tema que é de todos, é presente e urgente.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Janeiro (nº.145)  da Human Resources, nas bancas.

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