Como os jovens profissionais vêem a empresa perfeita

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O estudo “Jovens profissionais no trabalho”, promovido pela Ericsson ConsumerLab, retrata o comportamento da geração Millennium e como estes jovens caracterizam a empresa ideal para trabalhar.

Os “Millennials” –  a geração de jovens profissionais entre os 22 e 29 anos –  encaram o trabalho de forma radicalmente diferente das gerações que a precedem, mantendo a ambição mas privilegiando, para além do sucesso profissional, o equilíbrio entre o trabalho e o lazer. Esta é a principal conclusão do estudo “Jovens profissionais no trabalho”, promovido pela Ericsson ConsumerLab, sobre a geração que está actualmente a iniciar a vida laboral.

O foco deste estudo está nos Millennials com idades entre os 22 e os 29 anos, dos Estados Unidos, com formação universitária. Uma faixa etária ambiciosa, segundo o estudo, «com os olhos postos no futuro e que se vêem a vir a ocupar posições de liderança». Uma geração que se sente «acarinhada» e «única» devido à forma como foram criados graças à «tendência dos Baby-Boomers de cuidar de forma atenta dos seus filhos», e que irá inevitavelmente comportar-se de forma diferente no trabalho.

Segundo a Ericsson ConsumerLab, as relações próximas que as crianças desta geração desenvolveram com os pais e professores acabam por traduzir-se na necessidade posterior de quererem ter uma relação de maior proximidade com as suas chefias e de obter um feedback mais regular. Esta geração também «não aprecia a ambiguidade e espera transparência e justiça em tudo o que tiver a ver com a organização para onde trabalham».

Sem serem workaholics como a geração dos seus pais, os “Millennials” prezam um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal «e esperam que as empresas ponham em prática estratégias para ajudá-los a conseguir» esse equilíbrio, segundo o estudo.

«Apesar de serem orientados a objectivos», lê-se, « os “Millennials” não têm uma perspectiva de longo-prazo como os seus predecessores». O estudo também acrescenta que esta geração tem uma maior facilidade no trabalho em equipa, graças a anos e anos de encorajamento neste sentido na escola.

“Millennials” não sacrificam comunicação pessoal no trabalho

Esta geração considera que, na era das redes sociais, a comunicação pessoal durante o horário de trabalho é um direito e não um benefício, manifestando expectativas diferentes relativamente às ferramentas de comunicação e à vida laboral em geral.

«Uma conclusão importante deste relatório é que os Millennials trazem uma boa parte das suas vidas pessoais para o trabalho; contudo, eles não permitem, necessariamente, que o trabalho entre nas suas vidas privadas. Embora estejam determinados em ter um bom desempenho no trabalho, é virtualmente impossível para eles deixarem as suas vidas pessoais para trás, uma vez que, por norma, acedem ao Facebook, trocam mensagens instantâneas e enviam e recebem mensagens de texto nos seus dispositivos, ao longo do dia. Isto é visto como um direito e não como um benefício», lê-se no estudo da EricssonLab.

Este apego às formas de comunicação digital traduz-se na falta de tolerância para com os «modos de comunicação que são lentos ou que não proporcionam feedback imediato», acrescenta o relatório.

A empresa ideal para um Millennial, segundo a EricssonLabs:

  • Trabalho satisfatório, no geral;
  • Possibilidade de trazerem as suas vidas pessoais para o trabalho (poderem fazer multitasking);
  • Orientação para objectivos – com base na actividade, da própria responsabilidade quando e onde se trabalha;
  • Oportunidade de trabalhar em equipas com outras pessoas da mesma idade;
  • Uma organização estável;
  • Chefia envolvida e proactiva;
  • Orientações claras/perspectivas de promoção – feedback constante;
  • Transparência;
  • Respeito pelo equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal;
  • Relação de proximidade com a chefia;
  • Tecnologia actualizada, especialmente na área da comunicação. 
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