Mulheres estão quase a ultrapassar os homens no mercado de trabalho

A diferença entre as mulheres e os homens no mercado de trabalho é de apenas 28,3 mil empregos, um número que nunca foi tão baixo, esperando-se que em breve o sexo feminino chegue mesmo a ultrapassar o masculino, de acordo com o ‘Jornal de Negócios’.

Segundo a mesma publicação o número que separa os dois géneros no que diz respeito à população activa, ou seja, pessoas disponíveis para trabalhar, estejam empregadas ou desempregadas, é ainda menor, de cerca de 21 mil, o que mostra uma clara mudança no paradigma dos últimos tempos.

O ‘Negócios’ baseou-se em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para apurar estas informações, concluindo que quase 50% do total de pessoas empregadas em Julho (4,67 milhões) eram mulheres, uma convergência que se tem registado gradualmente, aumentando agora com crise financeira causada pela COVID-19.

Os tempos difíceis que Portugal atravessa contribuíram para a perda de 167 mil empregos desde Fevereiro, sendo que 62%, ou seja 104 mil eram desempenhados pelo sexo masculino, o que impulsionou a aproximação das mulheres. Apesar de em Março terem sido as mulheres as mais afetadas pelo desemprego, no mês seguinte a tendência inverteu-se, mantendo-se até agora, segundo o ‘ Jornal de Negócios’.

O mesmo jornal adianta que por norma as grandes crises financeiras costumam ter este impacto no desemprego masculino, sendo que no período compreendido entre fevereiro de 2012 e junho de 2015, os homens perderam cerca de 137 mil empregos, do lado oposto a população empregada feminina subiu em 10 mil.