Negociação colectiva cresceu 9% em 2021 e salários 3,7%
A negociação colectiva cresceu em 2021 face a 2020, com mais 9% de Instrumentos de Regulação Colectiva de Trabalho publicados, que garantiram aumentos salariais de 3,7%, os mais elevados da ultima década, anunciou o Ministério do Trabalho.
A Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que integra o Ministério do Trabalho, publicou os relatórios anuais sobre regulamentação colectiva e relações profissionais e salientou a evolução positiva revelada pelos dois documentos.
O relatório sobre regulamentação colectiva de trabalho publicada no ano de 2021 «destaca a recuperação da negociação colectiva, face a 2020, verificando-se um acréscimo de 30% do número de trabalhadores potencialmente abrangidos e um aumento de 9% de Instrumentos de Regulação Colectiva de Trabalho (IRCT) publicados (282 Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho publicados e 636.241 trabalhadores potencialmente abrangidos)».
Segundo a DGERT, entre 2015 e 2019 «houve uma tendência constante de crescimento da negociação colectiva, quer no número de IRCT publicados quer no número de trabalhadores potencialmente abrangidos, tendo sido interrompida, em 2020, devido à pandemia COVID-19».
Em 2021 retomou-se a tendência de crescimento, que se mantém nos primeiros quatro meses de 2022.
Relativamente à variação salarial real, em sede de negociação colectiva, «registou-se o valor mais alto da última década, na ordem dos 3,7%».
A variação salarial nominal média intertabelas anualizada para o total das convenções assumiu o valor de 4%, um aumento face a 2020, retornando ao ritmo de crescimento iniciado em 2016, segundo a mesma fonte.
De acordo com a informação da DGERT, o relatório anual das relações profissionais, destaca um decréscimo de 52% dos despedimentos colectivos em 2021, face a 2020, em linha com os números de 2019, quer em número de despedimentos colectivos comunicados, quer em número de trabalhadores abrangidos.