Nos próximos três anos, 20% das funções nas organizações podem tornar-se obsoletas, conclui estudo

Apesar de representar uma diminuição de 25 pontos percentuais em relação a 2021, para os directores e gestores de RH, 20% das funções na sua organização estão em risco de se tornarem obsoletas nos próximos três anos. A conclusão é do estudo “Transformation, Skills and Learning” da Cegoc, em alinhamento com o Grupo Cegos.

 

A razão para tal pode ser a experiência adquirida desde a crise na área da saúde, mudanças bem-sucedidas sob pressão têm demonstrado que as organizações têm capacidade de resistência e adaptação. Além disso, em alguns sectores, os directores e gestores de RH estão agora concentrados nas dificuldades de recrutamento, sendo o grande desafio atrair e reter talentos.

O estudo mostra ainda que 37% dos programas de formação implementados são programas de upskilling que visam a adaptação às mudanças no local de trabalho.

O mesmo estudo revela que 91% dos colaboradores estão dispostos a desenvolver a própria formação e 78% afirmam que considerariam uma mudança profissional completa, se esta fosse mais significativa.

Já 84% dos directores e gestores de RH planeiam criar esquemas de requalificação profissional e 55% sentem que é difícil fazer corresponder as necessidades de competências da respectiva organização com a oferta de formação que têm disponível.

Apenas 40% dos colaboradores consideram que a sua organização satisfaz as suas necessidades de formação “just in time” (atempadamente).

Existem duas questões prioritárias para os directores e gestores de RH, bem como para os colaboradores: a personalização dos percursos de aprendizagem e a diversificação dos métodos de formação. E os directores e gestores de RH monitorizam dois importantes indicadores de desempenho: a satisfação dos utilizadores (para 61% deles) e os resultados da formação (55%).

Quando questionados sobre os grandes desafios de transformação que terão o maior impacto no desenvolvimento das competências dos seus colaboradores nos próximos dois anos, os directores e gestores de RH internacionais mencionam, sobretudo, a transformação digital (61%), as novas formas de trabalho (52%) e a cibersegurança (39%).

Em Portugal, a evolução de sistemas de informação e Transformação Digital assume especial relevância, de acordo com 60% directores e gestores de RH nacionais, ao encontro dos dados registados a nível internacional, cerca de 61%.

O estudo engloba 4005 colaboradores e 377 directores e gestores de RH ou directores e gestores de Formação. Todos os inquiridos trabalham em organizações do sector privado e público com cinquenta ou mais colaboradores, em sete países da Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal), Ásia (Singapura) e América Latina (Brasil).

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