Nos últimos 10 anos, há mais emprego e melhores ordenados, diz OCDE

Esta quinta edição do “How’s Life’” mostra que a vida está a melhorar para as pessoas em 37 países da OCDE (e quatro países parceiros).

 

Desde 2010, a qualidade do trabalho e do emprego geralmente melhorou nos países da OCDE: as taxas de emprego entre os adultos aumentaram cinco pontos percentuais e os ganhos reais aumentaram, em média, 7%, segundo apurou a quinta edição do relatório “How’s Life”, elaborado pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Esta análise mostra que as mulheres ficam mais tempo desempregadas, do que os homens, os quais ganham mais 13% do que elas. Ainda assim, são eles que revelam ter taxas mais altas de tensão no trabalho e têm maior probabilidade de trabalhar regularmente horas-extra.

Ainda sobre a taxa de emprego (25 a 64 anos), em média, nos países da OCDE, 77% da população adulta está empregada, variando de 87% na Islândia para menos de 60% na Turquia.

De um modo geral, a taxa de emprego é mais baixa nos países do sul da Europa e na América Latina e mais alta no norte e na Europa central, no Japão e na Nova Zelândia.

Em comparação com 2010, após a crise, o número de empregados na OCDE aumentou cinco pontos percentuais, com os maiores aumentos a ocorrer na Hungria (14 pontos percentuais), seguidos pelos Estados Bálticos (cerca de 10 pontos percentuais).

Na Grécia e no Brasil, o número de empregados ainda está abaixo do nível de 2010 (em 4 pontos percentuais).

Quanto à situação dos jovens (15 a 24 anos), a OCDE apurou ainda nos países com altas taxas de frequência no ensino médio e superior são penalizados, sendo que a disponibilidade de empregos para jovens que não estudam em período integral se assume como uma questão relevante nesta análise. Em todos os países da OCDE, em média, um jovem em cada 10 não está empregado, a estudar ou estagiar e, em comparação com 2010, caiu dois pontos percentuais, em média. As maiores quedas registram-se na Letónia (11 pontos percentuais), Grécia (6 pontos), Irlanda, Espanha e Turquia (5 pontos).

 

Os salários
Um dos aspetos de maior relevância nesta análise à qualidade do trabalho são os vencimentos. O salário bruto médio anual dos funcionários em período integral é de 37 mil euros na OCDE, sendo que varia de menos de 17.500 euros no México a mais de 53 mil euros na Islândia, Luxemburgo, Suíça e Estados Unidos. Entre 2010 e 2018, essa medida de ganhos aumentou 7%, em média, nos países da OCDE. Os maiores aumentos ocorreram na Islândia (45%), seguidos pelos Estados Bálticos e Polónia (entre 23% e 41%), enquanto a medida caiu mais na Grécia (menos 15%), seguida por outros países do sul da Europa: Espanha , Portugal (menos 6%) e Itália (menos 3%).

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