Novas empresas atingem valor máximo dos últimos dois anos

A IGNIOS aponta para mais de 21 mil entidades criadas no 1.º semestre deste ano e um crescimento de 6,8% e de 11,9% face aos primeiros seis meses de 2013 e 2014, respectivamente.

De acordo com o “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos”, realizado pela IGNIOS e referente ao mês de Junho, no primeiro semestre de 2015, o tecido empresarial português mostrou níveis de dinamismo elevados. A constituição de empresas atingiu valores máximos relativamente aos últimos dois anos, em que não se registaram mais de 20 mil novas companhias.

António Monteiro, CEO da IGNIOS, considera que se pode «antecipar um ano positivo para o sector empresarial português» perante estes resultados «bastante animadores e que estão em linha com a própria evolução da economia, que no 1.º trimestre revelou também a maior taxa de crescimento desde final de 2013».
Quanto às insolvências, nos primeiros seis meses deste ano registou-se um total de 4 147 empresas nesta situação, evidenciando um variação residual de apenas 0,6% face ao mesmo período do ano passado.

Depois de um período, de 2008 a 2013, de crescimentos expressivos de insolvências – interrompidos apenas no ano passado, com o recuo de 11% no 1.º semestre face ao mesmo período do ano anterior –, o ano de 2015 está a apresentar uma tendência de estagnação neste indicador.

 

Resultados deste relatório:

  • O sector Outros Serviços concentra o maior número de novas empresas, com um peso de 40,7% no total das constituições e o maior crescimento (+14,6%).
  • Hotelaria & Restauração (+18,8%), Agricultura (+16,1%), Comércio a Retalho (+10,1%) e Comércio de Veículos (+20,1%) foram outros sectores de actividade com crescimentos expressivos.
  • Lisboa (28%), Porto (18,5%), Braga (8,2%), Setúbal (6,2%) e Aveiro (5,9%) foram os distritos com maior número de novas constituições.
  • As declarações finais de insolvência são as que concentram maior número de processos, seguindo-se as insolvências requeridas pelos credores e as apresentadas pela própria empresa. No primeiro caso, a nota foi de crescimento (14,1%) face ao mesmo período do ano passado, enquanto nos dois últimos os processos reduziram -3,5% e -9,2%, respectivamente.
  • A Construção reduziu as insolvências em 3,8%, mantendo-se, no entanto, como o sector com maior número de casos (17,8%).
  • Braga, Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro são os cinco distritos com maior número de insolvências.
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