novobanco: Uma cidade para formar os colaboradores

No passado dia 24 de Fevereiro, o novobanco lançou oficialmente a Cidade das Academias, um projecto que configura quatro academias no centro de uma cidade – Academia Regulamentar, Academia das Funções, Academia de Liderança e Academia Digital.

 

De acordo com o novobanco, a Cidade das Academias vai permitir estruturar melhor os conhecimentos prioritários para enfrentar os desafios actuais e futuros. O objectivo, de acordo com Luís Mota, responsável pela Academia novobanco, é que as equipas sejam capazes de «responder com rigor a um contexto de negócio bancário cada vez mais regulamentado, acompanhar as alterações funcionais que agora ocorrem a ritmo acelerado, proporcionando a actualização ou a aquisição permanente das competências necessárias, garantir as condições adequadas para activar a transformação digital e prepararmos os líderes do novobanco para a sempre urgente missão de construir equipas motivadas e disponíveis para lidar com a complexidade dos diversos contextos que a pandemia veio aumentar».

A formação e agora, a Academia em particular irá também contribuir para que o novobanco concretize os objectivos previstos no seu programa estratégico “Fazer Futuro”, definido para o triénio 2022-2024. De acordo com Luís Mota, a formação assume um papel estratégico devido a cinco factores:

Competência: Estando bem preparados, ao ritmo acelerado em que as exigências se vão alterando e de forma contínua, os recursos humanos estarão em condições de alcançar as metas definidas.

Regulamentar: A atenção permanente às alterações legislativas e a actualização dos conteúdos formativos face às mesmas, informam ou recordam as exigências legais a que cada função está obrigada.

Limitações de recursos humanos, financeiras e de tempo: Desenvolver as pessoas e prepará-las para desempenharem funções diferentes das actuais, (ex: programas de reskilling), dispor internamente das competências necessárias para cada projecto e serem capazes de completar acções num menor tempo, por dominar os conhecimentos que o permitam, é a forma mais adequada de vencer as limitações mencionadas.

Agregador: A realização da formação constitui-se como um factor de agregação dos recursos humanos e das equipas, tanto na definição dos conteúdos formativos, como na sua concretização.

Facilitador/Agilizador: Numa altura em que é necessário simplificar os processos de trabalho, que estes sejam mais eficientes no tempo que ocupam e que os mesmos sejam mais sustentáveis, a aquisição ou actualização continua de competências é determinante.

 

Programas
O novobanco disponibiliza diferentes tipologias de formação: iniciais (adequadas a quem é admitido ou que muda de função) e continuas (que garantem a regular actualização de conhecimentos). Adopta conteúdos formativos standard (ex: formações em certos aplicativos informáticos) ou constrói e desenha formações à medida das necessidades. Pode usar recursos próprios (formadores internos), contratualizar formadores externos ou por vezes, conjugar os dois numa mesma iniciativa formativa. Quase todas as tipologias de formação adoptadas pelo novobanco implicam ou integram processos de certificação de conhecimentos.

Quanto aos programas de formação, Luís Mota destaca «os de obrigatoriedade legal que têm uma importância crítica, dada a crescente regulamentação do sector bancário; e o ensino de inglês, pertinente porque a interacção oficial com algumas autoridades supervisoras o exige e também porque este é o idioma do accionista maioritário do novobanco».

Numa instituição em que mais de dois terços dos colaboradores pertencem a áreas comerciais, os programas de formação em curso sobre o novo modelo de distribuição (associado à renovação de todo a rede de balcões de retalho), a formação sobre as novas máquinas instaladas nos novos balcões (novobanco automáticas) e os programas de formação do Balcão Escola são-lhes especialmente dedicados. Destacam-se ainda os programas de formação nas áreas das tecnologias de informação, tendo em conta que um dos pilares estratégicos do novobanco é a transformação digital.

 

Parcerias
A Cidade das Academias inclui um “Fórum de Parcerias Externas” que pretende investir nas relações de parceria do novobanco com universidades e outras entidades de formação ou ensino. Actualmente, está activo um protocolo com a Nova SBE e um trabalho próximo do novobanco com o Instituto de Formação Bancária e a Associação Portuguesa de Seguros, mais especificamente no acesso a conteúdos formativos core para o negócio. Estas parcerias, segundo Luís Mota, «criam condições para que possamos desenhar iniciativas de formação que integram conteúdos formativos e metodologias actualizadas e inovadoras e que, de forma certificada e estruturada, nos permitam proporcionar as melhores soluções de desenvolvimento das competências necessárias aos nossos colaboradores».

No que diz respeito às metodologias adoptadas pela academia, são seleccionadas por critérios de eficiência, tendo em conta os objectivos e os conteúdos formativos e a população-alvo de formandos a que se destinam.

São adoptados o formato tradicional presencial, o sistema e-learning, o modelo híbrido (blended learning) e soluções formativas adequadas ao uso do Teams ou à transmissão em live streaming. De resto, os últimos dois anos em contexto pandémico, levaram o novobanco a explorar mais o uso das metodologias digitais.

Um dos elementos que integram a Cidade das Academias é um Laboratório de Formação, onde se pretende experimentar conteúdos e metodologias de formação, num contexto de investigação, privilegiando a experimentação e a inovação. Foi neste laboratório que começou por ser desenhado o programa de formação de três dias sobre o novo modelo de distribuição para a rede de Retalho e que actualmente é dado a cada equipa dos renovados balcões novobanco.

Quanto às competências que o novobanco pretende desenvolver com a formação, Luís Mota destaca a Liderança de Equipas, a Iniciativa, o Trabalho em Equipa, a Comunicação Empática, a Orientação para o Cliente e para os Resultados e, transversalmente, reforçar as competências digitais.

 

Os desafios da pandemia
Numa primeira fase, a pandemia fez com que todas as iniciativas formativas previstas no formato presencial fossem canceladas. Posteriormente, porque o fenómeno não terminou tão rapidamente quanto se chegou a prever, o novobanco teve de reinventar-se de forma acelerada, sobretudo na disponibilização de soluções online.

Luís Mota refere, neste período, «a transformação de um programa de integração e formação de 33 trainees que estava previsto iniciar-se exactamente em meados de Março de 2020, precisamente na altura em que todo este contexto se iniciou».

«Este foi o primeiro dos desafios com que a pandemia nos confrontou. Nessa altura o mundo mudou e todos aqueles trainees (de diversos pontos do país) foram para casa e o programa de integração e formação completo que estava previsto decorrer em diversos Balcões Escola de Norte a Sul, foi por nós recriado em 24 horas intensivas de trabalho, organizado e implementado em quatro dias», acrescenta o responsável.

Assim, o programa de formação presencial foi transformado num programa de seis semanas totalmente online, durante sete horas por dia e divididos em duas agendas com diferentes desafios formativos, na conclusão das quais os formandos interagiram directamente com o CEO e o CCO do novobanco. Todos os trainees e alguns formadores internos ou externos participaram a partir de suas casas e outros participantes fizeram-no nas instalações do Banco.

O programa contou com a participação de várias áreas do banco na preparação destes formandos, o que lhes garantiu o conhecimento da oferta do banco, da técnica bancária e da operativa. Após provas finais, quase todos foram certificados.

 

Objectivos para 2022
Os objectivos para o ano já em curso, na área da formação e para a Academia novobanco já estão definidos:

  • Criar condições efectivas para que os colaboradores do novobanco possam aceder e concluir percursos formativos definidos pelas suas escolhas pessoais, para além daqueles que lhes são apresentados pela instituição;
  • Disponibilizar programa de formação em Liderança, desenhado em função do novo modelo de liderança novobanco;
  • Manter o investimento na formação ESG (em 2021, 14 horas em média por colaborador), disponibilizando este ano programa transversal;
  • Continuar a apoiar o plano de renovação de balcões da rede de Retalho do novobanco, levando a formação sobre o novo modelo de distribuição a mais de 110 equipas de balcão e reforçando-a com um novo programa sobre omnicanalidade, em particular;
  • Implementar um novo modelo de ensino de idiomas, com especial ênfase no inglês; R Rever e redinamizar o projecto nacional do Balcão Escola, 17 anos depois do mesmo ter sido criado;
  • Promover uma maior partilha do conhecimento existente na organização, valorizando-o e evitando que o mesmo se perca;
  • Consolidar os principais novos elementos que integram o desenho original da Cidade das Academias – a Academia novobanco.

 

Paralelamente a Academia novobanco tem desafios a que se propõe responder com sucesso e cujos resultados poderão constituir-se como factores mobilizadores para a concretização dos objectivos fixados:

  • Motivar o envolvimento de todos os colaboradores do Grupo novobanco com a Academia e as suas iniciativas;
  • Recuperar a simpatia pelas alternativas formativas presenciais, sem as deixar de balancear com as soluções online, mas reforçando a ideia de que a interacção pessoal é muito importante;
  • Fazer da Cidade das Academias um espaço para tratar e debater temas actuais e pertinentes do sector bancário.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Academias de Formação” na edição de Março (n.º 135) da Human Resources nas bancas.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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