Nuno Nascimento Rodrigues, Worten: «Promovemos uma cultura de abertura, de trabalho em equipa e de forte dinamismo»

Na Worten, os Recursos Humanos colaboram com todas as áreas da organização para encontrar oportunidades de melhoria, com vista ao aumento da motivação e da produtividade, suportado sempre na melhor tecnologia para optimização dos processos. É neste contexto que surge o Worten Training Campus.

 

Por Sandra M. Pinto

 

Em 2013, surgia o primeiro Worten Training Campus, alavancado na necessidade de aproximar os fornecedores e as respectivas marcas das equipas de vendas Worten. «O domínio dos produtos e das suas características faz a diferença entre um atendimento que se quer personalizado e orientado para as necessidades dos clientes, e um atendimento mais generalista e impessoal», sublinha Nuno Nascimento Rodrigues, head of People da empresa. «Precisávamos, no fundo, de proporcionar aos nossos vendedores a experimentação dos produtos, inclusive – e sempre que possível – antes do seu lançamento para o mercado, e de estabelecer pontes de comunicação mais directas entre fornecedores e equipas de vendas, para o esclarecimento de dúvidas. Só com a garantia destes critérios podemos afirmar e apostar num atendimento especializado de quem visita as nossas lojas, que são perto de 200, espalhadas um pouco por todo o País», lembra.

Desta forma, o Worten Training Campus revelou-se o formato ideal, porque não só permite às equipas Worten essa tal experimentação e a comparação entre produtos e o esclarecimento de dúvidas, como o acesso a explicações mais técnicas provenientes directamente dos fabricantes e fornecedores. Ao mesmo tempo, estimula a troca de experiências e opiniões entre os vendedores, promovendo, simultaneamente, um reforço dos laços entre equipas, na medida em que o evento tem também uma forte componente de team building.

«Este evento permite-nos gerar uma maior proximidade das marcas aos vendedores, ajudando-os a manter o conhecimento sobre os produtos o mais actualizado possível e a desenvolver competências críticas e de especialista durante a venda», reitera o responsável, acrescentando que o principal objectivo do Worten Training Campus «passa por capacitar os vendedores para um serviço especializado e de excelência, recorrendo, sempre que possível, à experimentação e a dinâmicas práticas, inovadoras e integradas».

 

Uma edição diferente
Nuno Nascimento Rodrigues não esconde que, em tempos de pandemia e distanciamento social, a implementação do Worten Training Campus 2020 se deparou com uma série de questões e obstáculos. «A decisão de implementação da edição online do Worten Training Campus 2020 foi um desafio, pois tínhamos a perfeita consciência que parte da essência do evento – a experimentação e manuseamento dos produtos – não seria viável nesse formato. No entanto, e porque acreditámos que os benefícios seriam maiores do que a decisão de não se realizar, abraçámos esta aventura, em conjunto com os nossos parceiros de negócio e o apoio da Tech Team da Worten, e conseguimos minimizar a distância física com a realização de sessões dinâmicas e interactivas, que apoiassem os nossos vendedores nesta fase crítica do ano, como é a Black Friday e o Natal.»

A edição 2020 Worten Training Campus foi suportada numa aplicação que permitiu a interacção entre os formandos e os parceiros, quer através de live sessions, quer através do acesso a informação relevante publicada numa área específica da aplicação, assim como o canal de Q&A [perguntas e respostas] disponível para os participantes interagirem com os parceiros.

O evento, que se desenvolveu ao longo de sete dias, nos quais foram realizadas 35 live sessions calendarizadas entre 20 de Outubro e 11 de Novembro, contou com a participação de 1092 colaboradores e 35 parceiros, «o que permitiu a concretização de 2588 horas de formação», revela o head of People da Worten.

Apesar das limitações derivadas da COVID-19, «a Worten conseguiu, com a realização do evento, reforçar o engagement dos colaboradores, quer com a organização, quer com as marcas que são vendidas nas suas lojas e em worten.pt», acredita Nuno Nascimento Rodrigues. «Permitiu também uma aprendizagem profunda das características dos produtos e serviços, dando destaque às novidades do mercado mais relevantes, mas, acima de tudo, promoveu o reforço de competências dos colaboradores. Estas iniciativas ajudam a manter o foco no desenvolvimento profissional dos vendedores, num contexto cada vez mais desafiante e competitivo, onde a informação disponível é actualizada a um ritmo muito acelerado», lembra. «Apostar na formação demonstra a preocupação em potenciar a carreira dos colaboradores, o que também é um factor extra de motivação.»

 

Vários pilares
Esta aposta na formação é um dos pilares da política de Recursos Humanos da Worten, que se alicerça nos valores Sonae: ética e confiança, pessoas no centro do sucesso, ambição, inovação, responsabilidade social, frugalidade e eficiência, cooperação e independência. «Esses valores são a base para o trabalho diário das equipas na Worten, gerando gestores dedicados, curiosos e resilientes», garante Nuno Nascimento Rodrigues. A liderança é outro dos pilares fundamentais da empresa, havendo uma aposta forte no seu desenvolvimento e acompanhamento. Sintetizando, o responsável realça que «a política de Recursos Humanos da Worten tem como objectivo proporcionar aos colaboradores um ambiente positivo, que promova a felicidade de todos e que os desafie profissionalmente».

Continua: «Sendo uma empresa que tem no seu ADN a irreverência, a Worten apresenta uma cultura de abertura, de trabalho em equipa e de forte dinamismo. Há sempre novidades a acontecer, há sempre projectos em que nos podemos envolver para lá da nossa função ou área de responsabilidade, uma vez que, na Worten, nada é impossível.»

Fundamental para garantir a vivência diária destes valores e cultura, bem como o alinhamento da visão estratégica e envolvimento de todos com as várias iniciativas que a marca desenvolve, é a Comunicação Interna. «Por reconhecermos esta relevância, apostámos, no ano passado, no desenvolvimento da app do colaborador myWorten, entendida hoje como a ferramenta de Comunicação Interna da empresa, por excelência», revela Nuno Nascimento Rodrigues, que defende a importância do feedback dos colaboradores. «O feedback é uma ferramenta de desenvolvimento fundamental para todos, incluindo para a própria organização. Por isso, lançámos, em Outubro, um inquérito de diagnóstico do clima social na empresa a todos os colaboradores da Worten.»

Incontornável na Worten é também a área de Responsabilidade Social, «desde sempre um dos pilares da marca». O head of People dá o exemplo do programa Worten Transforma que, nos últimos 10 anos, já permitiu reciclar mais de 55 mil toneladas de equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida. Isso permitiu apoiar milhares de instituições de Norte a Sul do País, com a doação de equipamentos novos, para atenuar as suas carências e contribuir para um maior bem-estar e conforto dos utentes. «É um programa extremamente relevante para a Worten, pois alia a reciclagem dos equipamentos eléctricos antigos com a componente solidária, de apoio a quem mais precisa.»

Além deste programa com maior visibilidade, a Worten realiza, internamente, diversas acções que promovem o envolvimento dos seus colaboradores com as comunidades locais. Exemplo disso é o onboarding anual dos trainees da empresa, que contempla sempre a realização de uma iniciativa de natureza solidária. «Sabemos que os colaboradores valorizam bastante este tipo de iniciativas, pelo que estamos atentos a novas formas de podermos garantir o seu envolvimento directo em acções de responsabilidade social», partilha o responsável.

Nuno Nascimento Rodrigues acredita que a Gestão de Pessoas tem vindo a ocupar, gradualmente, um lugar cada vez mais estratégico na gestão das organizações, estando, inclusive, mais perto do negócio, garantindo a ponte entre este e os colaboradores. «Neste sentido, os Recursos Humanos têm assumido a liderança na transformação da cultura organizacional, promovendo iniciativas para melhorar o clima organizacional e aumentando o engagement dos colaboradores face à marca/empresa. Os próximos tempos vão exigir às empresas uma postura mais humana, com um grande foco no desenvolvimento pessoal, no bem-estar e na qualidade de vida dos colaboradores.»

 

Este artigo foi publicado na edição de Dezembro (nº. 120) da Human Resources, nas bancas.

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