O almanaque, o intraempreendedor e a neofilia
À medida que o novo ano se inicia, a ligação entre intraempreendedorismo e neofilia torna-se mais evidente para as mentes inquietas e ávidas por novos conhecimentos e experiências. São mais 366 dias para explorar “o novo” e para repensar tudo e mais alguma coisa. 3,2,1… que venha 2024!
Por Rita Oliveira Pelica, Chief Energy Officer ONYOU & Portugal Catalyst – The League of Intrapreneurs
Este artigo, em jeito de almanaque, é um guia mensal para o recém-inventado conceito de intraempreendedor neofílico, oferecendo ideias (grátis!) para transformar cada mês em oportunidades de crescimento e numa fonte de inovação. Visa ajudar na definição das resoluções de Ano Novo, que começam numa chama fortíssima – em Janeiro – até acabarem, muitas delas, por se extinguir – em Dezembro – numa lareira qualquer.
Janeiro, o mês de novos começos, é o momento ideal para explorar tecnologias emergentes, que podem ser transformadoras para o negócio e para as pessoas que as utilizam (através da sua capacitação).
Fevereiro, o mês do Carnaval e o ideal para fazer networking. Vá a eventos e a conferências. É o momento perfeito para expandir a sua rede de conexões, alargar o seu “capital social” e absorver novas ideias, trazendo “sementes” para a sua organização.
Março inspira renovação, é o mês da “primavera da inovação”. Inicie projectos experimentais que reflictam essa energia renovadora, testando novas ideias num ambiente controlado.
Abril, com o seu simbolismo de revolução, é o mês ideal para o florescimento das ideias disruptivas. Vamos adoptar novas metodologias e/ou formas de trabalhar?
Maio, mês do coração, apela ao desenvolvimento pessoal e é perfeito para se concentrar em aprender novas competências. Tempo para si, a pensar no seu bem-estar! Participe em workshops ou cursos nesta área. Melhor ainda, organize-os!
Junho, com o solstício de Verão, representa um ponto de viragem. Defina metas que visem a transformação (não só a digital) e a regeneração dos negócios, aproveitando a energia do meio do ano para reajustar estratégias.
Julho, com o calor do Verão, e no fresquinho do escritório (na empresa ou em teletrabalho), é o momento para pensar e desenhar novos produtos e/ou serviços para aprofundar nos próximos meses. Realize pesquisas, observe tendências e faça projecções e cenários.
Agosto, vá de férias e desligue, faça um detox digital. Não é tão fácil como parece, mas vale a pena tentar!
Agosto debulhar, Setembro vindimar (Almanaque Borda d’Água, 2024). Desenvolva protótipos de novos produtos ou serviços, aproveitando a estabilidade do Outono para testar e ajustar as suas inovações.
Em Outubro, semeia e cria, terás alegria (outra vez o Almanaque Borda d’Água, 2024). Mês em que se assinala o Dia do Empreendedor, porque não iniciar programas ou workshops que incentivem a criatividade e o pensamento fora da caixa?
Novembro, já na recta final do ano, é o timing ideal para conectar o que ainda não está conectado, cruzando ideias e pessoas, dando vida a projectos irreverentes. Pergunte-se: E se…?
Dezembro é tempo de tirar conclusões e de fechos. Reveja os “acontecimentos do ano”, e planeie como comunicar as suas conquistas. É também tempo de celebrações! E de preparar o terreno para novos inícios e novos ciclos. Que novidades estarão por aí à sua espera? Este almanaque não pretende substituir o famoso Borda d’Água (o verdadeiro almanaque com reportório útil para toda a gente). Pretende ser um estímulo para a neofilia – desenvolvendo a paixão pelo novo. Aproveite cada mês do ano para explorar, criar algo, desconstruir ideias pré-concebidas e desafiar-se a si e à sua organização.
Qual é a sua primeira resolução de Ano Novo, aquela que vai implementar de imediato? Sendo 2024 um ano bissexto, qual é a coisa extraordinária que vai fazer no seu dia extra?
Este artigo foi publicado na edição de Janeiro (nº. 157) da Human Resources, nas bancas.
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