Filipa Ferreira, Talkdesk: «O período de transformação que vivemos implica um forte mindset de experimentação, com abertura à tentativa e ao erro»

Filipa Ferreira, senior director of People Portugal & Global EX da Talkdesk, constata: «Vivenciamos um período de transformação, que implica um forte mindset de experimentação, com abertura à tentativa e ao erro. É fundamental que as organizações envolvam os seus colaboradores na prototipagem de soluções, monitorização e avaliação dos seus impactos». Leia a sua análise aos resultados do XXXVIII Barómetro Human Resources.

 

«Em 2022, as prioridades das empresas na Gestão de Pessoas serão diferentes, afirmam mais de 90% dos respondentes do Barómetro Human Resources. É evidente que o mundo está a mudar e, em particular, as necessidades, expectativas e motivações de cada indivíduo no mundo do trabalho. Estas eram consideradas antes de 2020, mas a pandemia veio assertivar a transformação. Assiste-se a uma maior preocupação em centrar o colaborador nas decisões estratégicas, procurando formas de o ouvir, bem como envolvê-lo na procura e desenho de soluções que respondam aos desafios de negócio.

De acordo com os resultados apresentados, 60% das empresas ouviram os seus colaboradores, considerando-os no desenho de novas práticas e modelos de trabalho. Em realidades mais ou menos digitais, cujo esforço para a transformação também é distinto, procurou-se “regressar ao escritório” em modelos híbridos, sempre que as funções assim o permitam.

No sector tecnológico, em que a competitividade por talento é mais agudizada actualmente, é factor distintivo da proposta de valor a possibilidade de o colaborador efectuar a sua própria escolha, assistindo-se cada vez mais a empresas que são 100% flexíveis –46,67% dos inquiridos acreditam que este é um modelo possível, mas apenas em algumas realidades. Vivenciamos um período de transformação, que implica um forte mindset de experimentação, com abertura à tentativa e ao erro.

É fundamental que as organizações envolvam os seus colaboradores na prototipagem de soluções, monitorização e avaliação dos seus impactos, havendo assim abertura para uma lógica evolutiva e maior capacidade de aceleração na customização da experiência do colaborador, permitindo a segmentação de práticas e políticas. Importa, ainda, que também ao nível da Gestão de Pessoas haja uma maior partilha de experiências entre profissionais que se deparam com os mesmos desafios para os quais muitos de nós ainda procuram soluções.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Outubro (nº. 130) da Human Resources, no âmbito da XXXVII edição do seu Barómetro.

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