O que é o “benefitmaxxing”? A nova tendência da Geração Z relacionada com benefícios

A Geração Z cunhou uma nova expressão para demonstrar o seu empenho nos benefícios e vantagens proporcionados pela empresa, revela a EBN. 

Os jovens trabalhadores estão na “era do ‘benefitmaxxing”, reconhecendo a importância dos benefícios oferecidos pela empresa e esforçando-se ao máximo para os personalizar de acordo com as suas necessidades específicas.

«A Geração Z não está a aceitar de todo o status quo», afirma Alex Powell, director de insights da plataforma de employee engagment Reward Gateway. «Estão dispostos a adaptar-se e a fazer concessões quando se trata do que funciona ou não para eles.»

Embora esta hashtag possa parecer apenas mais uma tendência passageira, na verdade, trata-se de um desafio persistente que os líderes de benefícios têm lutado para superar: como manter os jovens talentos envolvidos, dando-lhes o máximo de controlo possível sobre as suas escolhas.

A Geração Z está a deixar claro, nas redes sociais e no local de trabalho, que os benefícios padrão não são suficientes e que estão prontos para dizer às organizações o que realmente querem. Powell afirma que, ao contrário dos seus homólogos mais velhos, a Geração Z não quer benefícios tradicionais de bem-estar, como ginásios ou serviços de aconselhamento — em vez disso, querem mais controlo sobre o que é oferecido para além dos cuidados de saúde e da reforma. Também querem ter autonomia sobre como gastar o dinheiro destinado aos benefícios.

«Precisam de um nível de personalização que outras gerações nunca pediram. Estão preparados para dizer às organizações: ‘Pretendo isto, podemos fazer com que funcione?’ E se a resposta for não, vão repensar se ainda querem trabalhar lá», salienta Powell.

A Geração Z também quer ver personalização e opções nas comunicações sobre benefícios. De acordo com uma pesquisa recente da MetLife, os colaboradores da Geração Z dizem que a maioria das comunicações sobre os benefícios que recebem não lhes parecem relevantes. Os líderes devem adoptar flexibilidade e variedade na forma como comunicam com as suas equipas.

Construir uma estratégia que funcione

Em primeiro lugar, Powell incentiva os líderes a oferecerem ajudas ou subsídios, em vez de programas predefinidos, para benefícios opcionais. Desta forma, a Geração Z e todos os colaboradores podem decidir como gastar o seu dinheiro da forma que melhor lhes convier.

As estratégias de comunicação também precisam de uma reformulação, afirma Powell. Os líderes devem planear um processo de comunicação mais coeso e simplificado quando implementam os seus benefícios. Isto significa fornecer formação aprofundada sobre os benefícios para os gestores, para que possam responder a perguntas ou encaminhar os colaboradores para os recursos certos de forma mais rápida e eficiente.

Os líderes podem também contar com soluções digitais, como aplicações ou chatbots, considerando medidas de segurança para manter o processo centrado no ser humano.

«Os líderes precisam de se perguntar: um chatbot é um bom uso de tempo e dinheiro, ou devemos formar os nossos gestores?. O próximo passo é acompanhar a implementação e garantir que está a funcionar da forma que eles e os seus colaboradores desejam», explica Powell.

Criar mais flexibilidade e melhores canais de comunicação pode beneficiar todas as gerações na força de trabalho e também preparará as organizações para o sucesso de qualquer geração ainda mais jovem que esteja por vir.

«O meu conselho é ser o mais flexível possível. Todos podemos beneficiar das mudanças e da flexibilidade que os jovens talentos esperam de nós.»

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