O que nos faz brilhar os olhos?

Por Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting

A vida profissional exige cada vez mais de todos nós, o que nos deixa cada vez menos tempo para coisas simples, mas muito importantes. E o parar para pensar, refletir, ponderar, é sem dúvida uma das coisas que fica esquecida, tantas vezes…

Muito se fala em motivação, sobre o que é, o que não é, como se cria ou melhor, como se influencia… fala-se no impacto da motivação no desempenho, na concretização do potencial ou no desenvolvimento da carreira. Mas… pensamos o suficiente no que nos move, já a que a motivação é isso mesmo, algo que nos move, que nos leva a agir?

As pessoas são todas diferentes, têm competências e necessidades diferentes. E claro, têm também motivações diferentes! Frequentemente ouvimos a expressão “a motivação está em cada um de nós”. E está mesmo… o que nos motiva, afinal? As necessidades motivacionais podem estar relacionadas com diferentes fatores, como por exemplo:

  • Crescer e evoluir profissionalmente;
  • Sentir que se é desafiado;
  • Conhecer diferentes formas de fazer e pensar;
  • Sentir proximidade com a equipa em que se trabalha;
  • Percecionar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional;
  • Sentir reconhecimento e apreciação;
  • Sentir-se relevante para a Organização;
  • Percecionar justiça e equidade;
  • Liderar uma equipa;
  • Ser autónomo e independente;
  • Participar no processo de tomada de decisão;
  • Sentir segurança, através de estabilidade profissional e/ou financeira;
  • Identificar-se com os valores e princípios da Organização.

Se cada um de nós parar para pensar, certamente responderemos de forma diferente, em função daquilo que nos motiva, porque somos todos, de facto, muito diferentes!

E porque devemos fazer esta reflexão?

Porque, como em tantas outras coisas, o autoconhecimento é fundamental e é o “motor” para definirmos metas de evolução e para tomarmos as decisões corretas quando temos opções de escolha relativas a novos desafios profissionais, sejam eles dentro ou fora da organização em que nos inserimos.

Assim, devemos sempre ter em consideração aqueles que são os fatores que nos motivam, que nos fazem brilhar os olhos, que nos fazem querer acordar de manhã para ir trabalhar, que nos fazem dar mais e melhor de nós e nos fazem sentir realizados e preenchidos. E claro que o preenchimento dos mesmos não depende única e exclusivamente de nós… mas é a nós próprios que devemos, em primeiro lugar, esta tomada de consciência.

E os líderes, o que têm a ver com isto? Todos aqueles que têm a responsabilidade de gerir pessoas devem procurar conhecer cada um dos elementos da sua equipa, o que passa por conhecer as motivações individuais de cada um. Saber qual o “motor” para a ação de cada elemento da equipa, permite uma gestão mais personalizada, respeitando a individualidade de cada um!

Aceite o desafio de parar para pensar no que o move! E procure, no dia-a-dia e no que depender de si, ir ao encontro dos seus fatores motivacionais!

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