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O que os gestores de topo pensam da corrupção
O 14.ºSurvey Global da Ernst & Young sobre Fraude de 2016 centrou-se na visão dos empresários a nível global sobre a ameaça da corrupção. Grande parte considera fundamental o aumento da transparência.
Este estudo, realizado entre Outubro de 2015 e Janeiro de 2016, e que entrevistou cerca de 3.000 gestores de topo em 62 países destaca a necessidade de reforço dos níveis da transparência corporativa numa altura em que o mundo tem conhecido crescentes ameaças de cibercrime, de financiamento do terrorismo e em que se ficou a conhecer a utilização, por vezes abusiva das offshore, depois da publicação dos chamados “Panama Papers”.
A nível global, 91% dos entrevistados apoiam o reforço da transparência por parte de quem detém ou controla as empresas. Por outro lado, 39% considera que a corrupção está instalada de maneira generalizada no seu país. Já em relação ao comportamento não ético, 42% pensa que este pode ser justificado, dependendo das circunstâncias.
Já em relação ao caso português os números são um pouco diferentes: a quase totalidade dos entrevistados (98%) considera que a transparência deveria ser reforçada. Já 50% admite que a corrupção está generalizada no país e 28% pensa que o comportamento pouco ético por parte dos empresários pode ser justificado. Em relação a outro ponto, sobre os riscos do cibercrime para as questões da privacidade de dados, 38% consideram-no uma ameaça real.