O “tripé” da nossa economia

Neste rápido e tão singular momento de transformação que atravessamos, o mundo do trabalho reforçou a importância dos três clássicos intervenientes: as empresas, o Estado e os colaboradores/as. Esta espécie de “tripé  da nossa economia tem de ser encarada numa nova perspectiva, atendendo à especificidade do momento que vivemos.

Por Ricardo Nunes, Director de Pessoas e Organização da Novabase

 

Importa, por isso, perceber as várias visões, necessidades e ambições (forçosamente diferentes entre estes três protagonistas) mas, sobretudo, fazer as pontes nos aspectos que os podem unir. Por essa razão, destaco as conclusões sobre o que as grandes empresas e o governo devem fazer.

Em relação às grandes empresas, de acordo com os resultados deste Barómetro, a grande preocupação é garantir a saúde dos colaboradores/as em primeiro lugar, assegurar a continuidade do negócio e também a sua transformação. Uma conclusão que vem confirmar tudo o que temos discutido e proposto para vencer este futuro cada vez mais incerto. Para fazer esta transformação dos negócios e garantir a saúde e a felicidade dos colaboradores/as, o Barómetro em análise conclui ainda que são necessárias mudanças feitas pelos Governos, em particular na regulamentação do teletrabalho, bem como na garantia do bem-estar. Mais uma vez, temas que todas as empresas têm como prioridades, mas em que precisam do inevitável enquadramento legal e vontade política do Estado.

Por fim, destaco a resposta sobre se o OE responde também ao interesse das empresas e dos colaboradores/as, ou se apenas ao próprio interesse do Estado. A percepção é de que os orçamentos estão virados para dentro e respondem principalmente ao seu próprio interesse, algo a que devemos estar atentos e inverter quando acontecer. Em conclusão, acredito que podemos sim – e até devemos! – transformar o mundo do trabalho, mas tal só será possível com a estreita colaboração e esforço conjunto destes três intervenientes que servem, como referi, como o verdadeiro tripé da nossa economia.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Novembro da Human Resources, no âmbito da XXXIII edição do seu Barómetro.

Ler Mais