OCP Portugal: Estratégias para o capital humano

A OCP Portugal é uma empresa de comercialização e distribuição por grosso de produtos farmacêuticos, de âmbito nacional, que diariamente garante o acesso ao medicamento pela população. Ficou em quarro lugar do ranking Indice da Excelência e partilha algumas das suas boas práticas.

Esta empresa faz parte da McKesson Europe, uma empresa europeia que se dedica ao comércio, logística e prestação de serviços farmacêuticos e cuidados de saúde. Com cerca de 38 mil colaboradores, a McKesson Europe actua em 13 países e tem 118 armazéns de distribuição, para fornecer diariamente mais de 50 mil farmácias e hospitais com cerca de 100 mil produtos farmacêuticos.

Em entrevista à Human Resources Portugal, José Diniz, director de Recursos Humanos da OCP Portugal, destaca a Gestão de Pessoas como estratégica para a empresa: «Num mercado tão concorrencial e competitivo como o actual, as organizações têm que dar especial relevo à fase da integração na organização e alinhar os colaboradores com a sua estratégia. Para o efeito é importante promover os nossos valores partilhados ICARE – Integridade, Cliente em primeiro lugar, Responsabilidade, Respeito e Excelência Operacional».

A empresa aposta também no desenvolvimento e capacitação dos seus colaboradores para dar resposta aos desafios e objectivos da organização, praticando uma comunicação «precisa, clara, transparente e bilateral para que todos estejam alinhados com as competências organizacionais».

No que diz respeito aos desafios actuais, José Diniz destaca o de prestar cada vez mais atenção às variáveis que os colaboradores mais valorizam e, para isso, «é fundamental que as organizações olhem para as pessoas de forma individual e não apenas como um todo, pois a diversidade cria mais valor».

A empresa salienta a necessidade de investir na análise dos perfis e competências dos colaboradores, de modo a redefinir responsabilidades e identificar competências críticas, bem como analisar eventuais gaps de competências, dando prioridade à formação nesses tópicos. «Maior transversalidade, polivalência e capacidade de substituição, consoante as necessidades de recursos para assegurar os níveis da operação», afirma José Diniz.

Do mesmo modo, é promovida a prática de feedback tanto de colaboradores quanto de gestores. Outra vertente é a aposta no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, de forma a promover uma relação positiva e obter um maior grau de envolvimento.

Para captar e reter talento, a OCP aposta numa estratégia de envolvimento do capital humano que passa por usar um conjunto de políticas estruturais e culturais que apostem na formação e desenvolvimento das pessoas, bem como no trabalho em equipa, de forma a atingir os objectivos e partilha de conhecimento, assim como uma maior flexibilidade e autonomia, promovendo relações de confiança entre colaboradores e equipas de gestão. «Damos importância ao talento individual que procuramos atrair e reter, pois a diferenciação entre organizações é resultado directo da capacidade de inovação nos processos e nos serviços, sendo o talento o factor decisivo.»

Por fim, José Diniz destaca as práticas para manter a proximidade com os colaboradores: «Na OCP encaramos os obstáculos como oportunidades de melhoria. A possibilidade de realizar à distância acções de recursos humanos, como por exemplo, planos de acolhimento de novos colaboradores e acções de formação, são uma mais-valia para nós, tendo em conta a nossa dispersão geográfica. A digitalização das nossas práticas de gestão que passaram a ter lugar à distância, através de plataformas digitais, proporcionam a difusão da nossa cultura, valores e princípios, promovendo um maior alinhamento institucional.»

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