Oito em cada 10 dos candidatos em programas de outplacement mudaram para um cargo (e salário) igual ou superior

De acordo com o estudo “Carreiras em transição: Como está a evoluir o outplacement para ajudar as empresas e os trabalhadores a responder às mudanças no mundo do trabalho?” da Talent Solutions, empresa do universo ManpowerGroup, só em 2020, 79% dos trabalhadores em processos de outplacement passaram para um novo cargo com a mesma posição ou superior e 57% encontraram uma posição com o mesmo salário ou acima.

 

Já 49% mudaram para uma indústria diferente e 47% passaram a ter funções diferentes das anteriores.

O estudo, feito a partir de dados de mais de 300.000 outplacements e entrevistas com líderes de RH de várias empresas da Europa, mostra que IT e Vendas são as áreas que mais receberam profissionais em mobilidade e Dados e Inteligência emocional serão cada vez mais críticos no êxito do outplacement.

Dados do Fórum Económico Mundial mostram que a crescente integração da tecnologia nas empresas, através da digitalização e automação da sua atividade, leva a que 43% das organizações afirmem esperar reduzir, até 2026, a dimensão da sua força de trabalho. No entanto, 34% fazem o percurso inverso e planeiam expandir a sua força de trabalho, devido aos mesmos fatores.Face a esta realidade, o estudo conclui que as competências esperadas e procuradas por parte das empresas deverão evoluir consideravelmente na próxima década. Os candidatos que passam hoje por programas de transição têm, por isso, de adquirir competências relevantes para um novo conjunto de funções – em particular, competências tecnológicas e de comunicação. A evolução de cada vez mais candidatos da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), para sectores em ascensão é ilustrativa disto mesmo: em 2020, as áreas de IT e Vendas receberam 13% e 16% das colocações de outplacement, respetivamente, em aumento face aos anos anteriores.Ao mesmo tempo, assistimos a uma crescente mobilidade profissional como resultado de modelos de trabalho flexíveis e remotos, que permitem que o acesso a novas funções já não esteja limitado pela geografia. Desta forma, globalmente, em 2020, apenas 8,4% dos candidatos se deslocaram para encontrar um novo emprego, número que se fixava nos 10,5% no ano anterior.