Optimismo em tempos de “guerra”: a importância enfrentar as adversidades com um sorriso

Não é comum que as palavras optimismo e guerra sejam usadas lado a lado, mas, em boa verdade, os tempos que vivemos são tudo menos comuns. Numa conjuntura real de guerra, como a que vivemos entre a Rússia e a Ucrânia, também podemos utilizar a palavra guerra para vários outros contextos do nosso dia-a-dia.

Por Filipa Rousseau Garcia, CEO e presidente do Conselho de Administração da Garcias Wine & Spirits

 

Por exemplo, a guerra que vivemos na nossa sociedade, com extremismos políticos cada vez mais acentuados ou a guerra a que assistimos nas nossas empresas, onde o optimismo é cada vez menos usual e os colegas se atropelam diariamente deixando cair o verdadeiro significado da palavra “equipa”.

Adicionalmente, a guerra que vivemos nas nossas casas, batalhando com os filhos para não caírem na dependência dos meios digitais, guerra esta cada vez mais difícil de combater, ou, por fim, a guerra dos relacionamentos, sejam eles românticos, familiares, de amizade ou de companheirismo profissional, onde o cansaço e exaustão dos dias tão preenchidos tentam levar a melhor à nossa sanidade mental.

A importância do optimismo

No entanto, eu acredito que nem tudo está perdido. Defendo que uma das soluções reside no significado da palavra “optimismo”. O ser humano tem de se fazer valer desta capacidade, da força interior e da escolha diária de enfrentar as adversidades com um sorriso ou com um desânimo no rosto.

Todos os dias ao sair de casa, olho para o espelho que tenho perto da porta e em microssegundos faço essa escolha: ou me rio e pisco o olho a mim mesma, ou me rio e pisco o olho à mesma! Não pode haver espaço para dúvidas. Muito menos para pessoas que lideram outras pessoas.

Ter força e resiliência

Somos o espelho das nossas organizações e quem está ao nosso lado alimenta-se do nosso espírito, da nossa força e da nossa resiliência. Claro está que não é possível ter sempre a mesma força todos os dias. Seria hipócrita sequer considerar isso. No entanto, se não formos nós mesmos a trabalhar nisso será muito difícil ter sucesso a médio e longo prazo. Porque o curto prazo é muito efémero e sem nos apercebermos já passou, e, por isso, torna-se desinteressante.

O desafio

O desafio real é conseguirmos passar este optimismo para as pessoas que connosco trabalham diariamente e elas farão o mesmo para as suas equipas, chegando assim à totalidade dos colaboradores da nossa empresa.

Este sentido de optimismo vive à custa de muitas lágrimas à porta fechada, de muitas batalhas interiores e de muitas questões sem resposta. Mas a vida é mesmo assim. Quando menos esperamos, atira-nos um desafio e, quando o superamos, atira-nos um maior.

É assim que crescemos enquanto pessoas, mulheres e homens, maridos e esposas, irmãos e irmãs, pais e filhos e, finalmente, entre colegas e este último ponto tem uma importância extrema.

A mensagem a reter é esta: o sentido de optimismo vai sempre levar-nos a melhor porto, principalmente se gostamos do que fazemos e se o nosso sentido de dever, honra e responsabilidade falar mais alto dentro de nós.

Porque, afinal, se somos o marechal das nossas tropas temos de olhar para os generais, Tenentes e majores com um sorriso no rosto e um empurrão para a frente, para que eles tenham a coragem, a astúcia e o engenho de ganharem a “guerra” connosco.

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