Páginas Amarelas: Uma história de resiliência, com base nas pessoas

A Páginas Amarelas é «uma organização com um enorme capital histórico de marca, que soube reinventar-se e que é hoje líder de mercado no Marketing Digital para as PME». Quem o garante é o CEO António Alegre, que partilha como a empresa se tem reinventado, antes e durante a pandemia.

 

Por Sandra M. Pinto

 

Reconhecida, desde sempre, como uma “escola de vendas”, a Páginas Amarelas enfrentou inevitavelmente desafios adicionais com a pandemia, aos quais – afirma António Alegre, CEO da empresa – tem sido dada uma resposta positiva. «O percurso da Páginas Amarelas tem sido longo e rico, feito de muitos momentos de viragem importantes. Somos, historicamente, uma estrutura resiliente, com uma capacidade enorme de adaptação aos tempos e, na base disso, estão as pessoas, não só as que trabalham connosco, mas também as dezenas de profissionais que formamos todos os anos, algo de que nos orgulhamos muito.»

Enquanto organização, a Páginas Amarelas continua a sustentar a sua existência nos mesmos pilares em que assentou o seu nascimento. «Temos hoje, enquanto marca, os mesmos valores que tínhamos no tempo das listas telefónicas e que são sinónimo do serviço que prestamos: experiência, confiança e robustez», garante o CEO. «Uma vez que estamos actualmente ao nível do que de melhor se faz no mundo do digital, acrescentámos aos pilares históricos a flexibilidade, a sustentabilidade e a inovação.» A missão continua a ser «adicionar valor aos negócios e ser o melhor aliado das empresas, agora nos meios digitais».

Não escondendo que a empresa não ficou imune aos efeitos da COVID-19, em  termos de operação e resultados face ao que estava previsto para este ano, o responsável garante que a evolução dos acontecimentos foi acompanhada «de forma muito atenta», tendo sido levadas a cabo algumas adaptações estratégicas para garantir que a organização «se mantém resiliente e focada em ajudar as PME [pequenas e médias empresas] a sair desta crise».

Inevitáveis foram também as adaptações aos modelos de trabalho, com António Alegre a destacar que foram «das primeiras empresas a fazer a transição total da equipa para o teletrabalho, assim que foi anunciado que o País ia entrar em confinamento, e ainda antes de se ter uma noção do impacto da situação». Após esta decisão, a mudança foi «bastante rápida e eficaz para a maior parte da estrutura da empresa», garante. «No caso da equipa comercial, que trabalhava directamente no terreno, fez-se a transição para a venda não presencial, garantindo a continuidade do negócio, mas com uma nova prioridade em vista: ter as pessoas em segurança.»

Parte significativa da equipa da Páginas Amarelas é composta por estes perfis comerciais, «uma field-force habituada a percorrer o País em reuniões com os clientes, a fazer newbusiness presencial e que, num curto espaço de tempo, se viu obrigada a adaptar esse modelo para a venda não presencial». António Alegre reconhece que «hoje, a tecnologia permite a continuidade do negócio como não aconteceria há cinco ou 10 anos», mas reconhece que «teve de haver um refresh da formação comercial, uma adaptação dos pitches para o novo formato e uma redefinição do processo de venda, já que o ticket médio de venda por telefone é tendencialmente mais baixo».

O responsável acredita que a criação de equipas de elevada performance depende da convergência entre o perfil dos profissionais e a cultura da empresa, «e este é um exemplo flagrante de como o regime remoto veio influenciar a forma como trabalhamos e das medidas que temos implementado internamente para respondermos convenientemente à nova realidade, sem perdermos coesão», sublinha.

É que o tema do teletrabalho não se prendeu só com a capacidade de as empresas colocarem as suas pessoas a desempenharem as funções em casa, dando-lhes todas as ferramentas e condições para o fazer com a mesma eficiência. Também relevante e imprescindível tem sido realinhar a cultura organizacional, perante este novo modelo de trabalho. A Páginas Amarelas tem «dedicado tempo e recursos a algumas adaptações, de modo a garantir que esta fase seja ultrapassada com a menor disrupção possível e que a organização se mantém alinhada com as exigências do futuro», afirma o CEO.

Mas desde o início da pandemia que foi muito claro para a Páginas Amarelas que não iriam correr riscos. «Aceitámos que pudessem existir impactos no negócio em prol da segurança das pessoas, mas a prioridade era – e continua a ser – essa», assegura. «Decidimos, por isso, manter o teletrabalho, mesmo durante o desconfinamento progressivo dos últimos meses, pelo que esta segunda vaga da pandemia não está a implicar qualquer alteração à forma como temos estado a gerir o dia-a-dia da empresa.»

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Dezembro (nº. 120) da Human Resources, nas bancas.

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