Porque precisamos de mulheres na área de Inteligência Artificial?

Uma pesquisa recente da PwC, divulgada pela Sage, indicam que os trabalhos realizados por mulheres podem ser afectados pela automação durante a próxima década.

Potencialmente, 23% dos trabalhos das mulheres em risco, cerca de 7% mais do que os dos homens. Por essa razão, a Sage acredita que este é o momento para investir no aumento do acesso às oportunidades na carreira, a competências e no incentivo a mulheres de todas as áreas a avaliarem as portas que a Inteligência Artificial (IA) pode abrir pelo seu futuro. A empresa apresenta cinco razões para fazê-lo.

Sensibilizar e informar a opinião e compreensão pública

Se alguma vez utilizou a pesquisa do Google, perguntou à Siri sobre a meteorologia ou pediu que a Alexa tocasse a sua música preferida, então já utilizou a IA. No entanto, uma pesquisa realizada pela Sage demonstra que a compreensão pública actual da IA é extremamente limitada, o que prejudica a percepção e o sentimento sobre esta tendência.

Conclusões revelam que 43% dos inquiridos nos Estados Unidos e 46% no Reino Unido admitiram “não saber o que é a Inteligência Artificial”. Dado que a maioria das pessoas estão a utilizar esta tecnologia todos os dias, é essencial que a indústria se responsabilize por dissipar os rumores e apresente o verdadeiro potencial da IA de forma compreensível a todos.

Não precisa de um doutoramento em ciências informáticas

A IA é desenvolvida para aumentar a inteligência humana nas mais variadas formas. A vida como a conhecemos não foi construída em torno de hardware e de tecnologia – somos artistas, filósofos, prestadores de cuidados, inventores e muito mais. E por isso, há uma grande quantidade de oportunidades fora dos empregos de ciência e de tecnologia quando se trata de construir IA útil.

Precisamos de homens e mulheres optimistas, dedicados às oportunidades que esta tecnologia lhes pode oferecer, com conhecimento em resolução de problemas, psicologia, linguagem, design, storytelling, antropologia e direito, entre outros. A única forma de criar Inteligência Artificial verdadeiramente inteligente é se esta for ensinada a trabalhar, a reagir e a entender a linguagem como os humanos.

O preconceito é a maior das ameaças e só irá diminuir o progresso

Enquanto que a criação de personagens famosas através de IA, como a Alexa e a Siri, são fortemente baseadas em estereótipos femininos, o número de engenheiras mulheres continua a ser muito baixo entre o grupo de engenheiros que as criam nos dias de hoje. Este é um problema sério que precisa de ser corrigido se quisermos perceber os grandes benefícios científicos e económicos desta tecnologia.

Tal começa nas escolas com a educação. É necessário demonstrar às jovens que nenhuma carreira está fora de alcance. Além disso, a Inteligência Artificial precisa de ser desenvolvida de forma a reflectir a diversidade dos utilizadores. É necessário captar o máximo de perspectivas (não apenas de género) para produzir um produto de alta qualidade.

A indústria de tecnologia reconhece a necessidade de mudança imediata

Estatísticas do Instituto Nacional de Estatísticas do Reino Unido demonstram que apenas 14% das funções CTEM no mercado de trabalho do Reino Unido são ocupadas por mulheres. Este número representa uma ameaça grave para a futura competitividade global do sector da tecnologia do país. Universidades e empresas já estão a apresentar desenvolvimentos para lidar com esta necessidade.

Alguns dos investigadores e developers mais inovadores de IA são mulheres

De acordo com Kriti Sharma, vice-presidente da área de Inteligência Artificial no Grupo Sage, algumas das maiores mentes da indústria da Inteligência Artificial são mulheres, mas que o pressuposto de que há oportunidades limitadas para as jovens que procuram carreiras nesta área ainda existem, e que o desenvolvimento das máquinas ainda não representam realmente todos os humanos.

Foi por isso que a Sage criou um código de ética inovador, que oferece às empresas cinco orientações chave quando trabalham com a IA. Estas linhas orientadoras abrangem desde como nomear os assistentes virtuais até ao desenvolvimento de diversos conjuntos de dados que ajudam as empresas a contratar quando o género é retirado da equação.

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