Portugal subiu no Ranking Mundial de Talento. Saiba que posição ocupa agora entre 63 países

Portugal ocupa a 24ª posição no Ranking Mundial de Talento do IMD World Competitiveness Center 2022. Os resultados, divulgados pelo IMD, que conta, a nível nacional com a Porto Business School como parceira exclusiva na elaboração do ranking, revelam, ainda, que Portugal regista uma subida de duas posições face ao ano anterior.

 

Este ano, os resultados ficam marcados pelo crescimento do país nos factores “Investimento & Desenvolvimento” e “Preparação”. Acrescente-se, ainda, que o ranking é liderado pela Suíça, Suécia e Islândia, as três economias mais competitivas em talento a nível mundial entre os 63 países em análise.

Depois de ter conquistado o seu melhor resultado em 2018, ano em que se posicionou no 17.º lugar, Portugal perdeu terreno, nos últimos três anos, no que respeita ao talento, mas consegue, agora, em 2022, inverter a tendência ao voltar a ascender no ranking cujos resultados são apurados pelos factores “Investimento & Desenvolvimento”, “Atractividade” e “Preparação”.

No que diz respeito ao “I&D”, Portugal subiu três posições comparativamente a 2021 (do 25º para o 22º lugar), graças ao desempenho positivo dos critérios de rácio alunos/professor na educação primária e o rácio de alunos/professor na educação secundária.

A participação feminina na força de trabalho (49,7%) surge, também, como um dos principais destaques. Em contrapartida, a formação dos colaboradores constitui a maior fraqueza nacional neste factor, onde Portugal se situa mesmo nos últimos lugares do ranking (61º). Ainda como ponto positivo, destaque-se a “Preparação”, tendo, aqui, o país registado uma subida de seis posições (passando do 25º lugar para o 19º), justificada pelo desempenho positivo do critério de competências linguísticas.

Apesar da subida alcançada na posição geral, Portugal regista uma descida de 10 lugares no factor “Atractividade” (posicionando-se, agora, no 40º lugar), fundamentada pelo desempenho dos critérios de atracção e retenção de talento, o índice de motivação dos colaboradores, a fuga de talento e a percepção de justiça, que registam um baixo desempenho.

O ranking deste ano demonstra que as economias europeias continuam a fortalecer a sua posição de liderança, ocupando a totalidade das posições do Top 10, à semelhança do que aconteceu em 2021. Destaque-se, contudo, que o Peru foi o país que mais cresceu, com uma subida de 16 lugares, seguido da República Checa e da Arábia Saudita (que subiram oito posições/cada) e da Croácia (que escalou sete posições).

A Suíça manteve o primeiro lugar do ranking, consolidando a liderança alcançada nas últimas sete edições e que resulta do desempenho sustentado nos factores em avaliação: “Investimento & Desenvolvimento” (1º), “Atractividade” (1º) e “Preparação” (em que subiu do 3º para o 2º lugar). Refira-se, aqui, que a Suíça se destaca pelo elevado grau de aprendizagem, força laboral estrangeira altamente qualificada, remuneração significativa de gestores e profissionais de serviços, bem como pela experiência internacional.

A Suécia, por sua vez, mantém a segunda posição do ranking, resultado das melhorias no desempenho em “Atractividade” (em que subiu do 3º para o 2º lugar), e isto, apesar do decréscimo na “Preparação” (em que desceu do 4º para o 6º lugar). Neste caso, o desempenho tem como base a qualidade da educação e qualificação, que não dificulta a competitividade na economia, a diminuta exposição à poluição de partículas, a abundância de gestores superiores altamente qualificados e a experiência internacional, a par das competências linguísticas.

A Islândia completa o pódio ao subir três posições, suportada pelo “Investimento & Desenvolvimento” (4º lugar), “Atractividade” (em que passou do 10º para o 8º lugar) e “Preparação” (da 17ª posição para a 13ª). A performance positiva assenta, neste caso, nos índices de experiência pública na educação por aluno, na elevada qualidade de vida, na remuneração dos profissionais de serviços, bem como nas competências laborais e financeiras demonstradas. A subida deste país surge em detrimento do Luxemburgo que deixa, assim, o terceiro lugar, descendo quatro posições, fixando-se no sétimo posto, muito devido ao imposto sobre o rendimento pessoal cobrado.

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