Portugueses são dos que mais gastam em saúde, diz OCDE

Segundo dados da OCDE, somos um dos países onde se gasta mais dinheiro em saúde mas, embora o Estado continue a assegurar uma boa parte das despesas, os particulares acabam por ser chamados a pagar um valor bem superior à média.

 

De acordo com dados disponibilizados em Julho pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), entre seguros de saúde e pagamentos do próprio bolso por consultas e exames, os portugueses são dos que têm mais encargos com a saúde em comparação com os habitantes de outros países, ocupando a 5ª posição, atrás do México, Grécia, Coreia do Sul e Letónia, noticia o Expresso.

Em 2021, os gastos por pessoa em serviços de saúde, tanto em seguros como em pagamentos directos foram de 828,8 euros em média, o que representa um aumento de cerca de 14% face ao ano anterior (727,3 euros). Comparando com os restantes países, com o valor medido em paridades de poder de compra, Portugal é o 4.º onde os gastos per capita são mais elevados. Já analisados apenas os pagamentos directos, ocupamos a segunda posição, atrás dos EUA.

Por outro lado, estamos abaixo da média da OCDE no que diz respeito à despesa pública em saúde. Em 2020, esta representou 64,5% do total dos gastos, quando a média foi de 76,3%. No ano passado, quando Portugal lidava ainda com a pandemia, este valor desceu para 64,4%.

Em percentagem do PIB, estes gastos colocam Portugal a meio da tabela dos países analisados, correspondendo a uma fatia de 6,8% em 2020. Em 2021, registou-se um aumento, tendo esta percentagem sido de 7,2%.

Considerando a despesa pública e privada, em território nacional gasta-se mais dinheiro em saúde do que a média dos Estados-Membros da organização internacional, correspondendo a a 10,5% do PIB em 2020 – acima dos 9,7% registados, em média – e a 11,2% em 2021, o valor mais alto registado nos últimos cerca de dez anos.

No que diz respeito a gastos na área da prevenção, Portugal ocupa a 29ª posição, num total de 32 países, representando apenas 1,9% do total da despesa do país em saúde, quando a média da OCDE se situa nos 3,5% (dados de 2020).

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